Denúncia contra Bolsonaro repercute na Câmara; Alice Portugal defende punição aos responsáveis

A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na última terça-feira (18), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, por atentado violento contra a democracia, tem gerado forte repercussão na Câmara dos Deputados. O caso é visto como um marco na luta contra as tentativas de golpe no Brasil e pode levar Bolsonaro a ser transformado em réu, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) acate a acusação.

Parlamentares baianos estão se mobilizando para garantir que a justiça siga seu curso e que não haja espaço para impunidade. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) destacou a gravidade dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e a necessidade de responsabilização dos envolvidos. “O Brasil ficou estarrecido com a tentativa de golpe que resultou na invasão e depredação da Praça dos Três Poderes. Essa denúncia da PGR representa um passo fundamental para que os crimes contra a democracia não fiquem impunes”, afirmou a deputada.

Alice Portugal enfatizou que a denúncia da PGR é baseada em um amplo conjunto de provas, incluindo delações premiadas e investigações detalhadas. Segundo a parlamentar, a articulação golpista liderada por Bolsonaro e seus aliados foi uma tentativa frustrada de romper com a ordem democrática, mas encontrou resistência tanto das instituições republicanas quanto da sociedade brasileira.

No Congresso Nacional, a deputada e outros parlamentares de esquerda seguem atentos às movimentações do caso. “Estamos articulados para garantir que a justiça seja cumprida e que não haja qualquer brecha para impunidade. O Brasil precisa reafirmar seu compromisso com o Estado Democrático de Direito”, afirmou Alice Portugal.

A deputada também reiterou sua posição contrária a qualquer proposta de anistia para os envolvidos nos atos golpistas e defendeu que o STF aceite a denúncia, permitindo que Bolsonaro responda pelos crimes cometidos. “A Justiça precisa cumprir seu papel. Não podemos aceitar que quem tentou instaurar um regime de exceção saia impune. Parabenizo a PGR pelo trabalho e agora esperamos que o STF siga esse caminho para punir aqueles que atentaram contra nossa democracia”, concluiu.