Brasil na mira de Trump: tarifa de 50% irrita agro e empresários
Agronegócio, indústria e políticos reagem à nova tarifa imposta por Trump sobre produtos brasileiros, enquanto bolsonarismo tenta culpar STF e Lula

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta semana a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados ao país. A medida surpreendeu o mercado e gerou forte reação de setores estratégicos da economia nacional — como o agronegócio e a indústria — que pedem resposta imediata do governo brasileiro.
A nova tarifa de Trump sobre produtos brasileiros representa um duro golpe para a balança comercial, atingindo diretamente o agronegócio. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) classificou o aumento como prejudicial e pediu cautela, mas também firmeza, na resposta do Brasil.
Enquanto isso, o bolsonarismo tenta desviar a atenção da responsabilidade dos EUA e aponta o dedo para o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eduardo Bolsonaro, inclusive, chegou a afirmar que a decisão de Trump é consequência direta da atuação de Moraes, a quem chamou de autoritário.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reagiu com “preocupação e surpresa”, alegando não haver base econômica para justificar o aumento das tarifas. A Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) também se manifestou, afirmando que a decisão pode prejudicar empregos, investimentos e cadeias produtivas entre os dois países.
O deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), criticou a medida de Trump, classificando-a como um “exagero” e cobrando do governo Lula maior habilidade diplomática.
Por outro lado, Trump afirmou que poderá rever as tarifas caso o Brasil abra seu mercado e remova barreiras comerciais. A resposta do governo Lula será guiada pela Lei de Reciprocidade Econômica, buscando reequilibrar a relação comercial.
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