Veado silvestre é resgatado na Chapada Diamantina após ataque de cães

O animal foi encontrado por moradores e socorrido por uma força-tarefa que envolveu voluntários, veterinários e a polícia

Bahia
Veado silvestre é resgatado na Chapada Diamantina após ataque de cães
Reprodução | Portal do Vale do Capão

Um veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) foi resgatado em estado crítico no Vale do Capão, na Chapada Diamantina, com ferimentos graves possivelmente causados por um ataque de cães. O animal foi encontrado por moradores e socorrido por uma força-tarefa que envolveu voluntários, veterinários e a polícia.

O resgate contou com a colaboração da Brigada Voluntária do Vale do Capão (BV-VC), da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (CIPPA) de Lençóis, e de veterinários da Clínica Pet do Vale. De acordo com o veterinário Dr. Gildásio Fernandes, o animal apresentava “traumas extensos, principalmente na região traseira”, um indicativo de ataque por cães.

Após os primeiros socorros em campo, o veado foi levado para a clínica, onde recebeu atendimento emergencial, com monitoramento e limpeza das feridas. A agilidade no socorro foi crucial, segundo a Dra. Morgana Andrade. Em seguida, com o apoio da CIPPA, o animal foi transportado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), em Cruz das Almas, onde passará por reabilitação para ser reintegrado à natureza.

Resgate alerta para aumento de animais soltos na região

O resgate, no entanto, reforça um problema crescente na região. Segundo a veterinária Morgana Andrade, ataques de animais domésticos a silvestres têm aumentado no Vale do Capão, com três casos registrados apenas no último mês. A situação é atribuída ao crescimento populacional desordenado na área de amortecimento do Parque Nacional da Chapada Diamantina e à falta de controle sobre a população de pets.

Um porta-voz da Campanha Ambiental local, um movimento de moradores que busca um diálogo com a gestão municipal sobre o crescimento desordenado após a obra de pavimentação asfáltica, destacou que a ausência de leis e fiscalização agrava o cenário, colocando em risco a fauna nativa.

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