Trump planeja reforma radical nas eleições e mira 2026
Presidente afirma que sistema atual é “caro e impreciso” e promete liderar movimento para mudança radical nas eleições americanas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (18), por meio da sua rede social Truth Social, que pretende assinar uma ordem executiva para proibir a votação pelos correios e o uso de máquinas eletrônicas de contagem de votos nas eleições americanas. A medida, segundo ele, visa garantir mais “segurança e transparência” no processo eleitoral.
Trump afirmou que quer que as mudanças sejam implementadas já nas eleições de meio mandato de 2026, que renovarão todos os 435 assentos da Câmara dos Representantes e um terço do Senado americano. Ele prometeu “liderar um movimento” para garantir que o processo seja revertido para o uso exclusivo de cédulas de papel com marca d’água, contadas manualmente.
“As máquinas são altamente imprecisas, muito caras e seriamente controversas”, escreveu Trump. “O papel com marca d’água é mais rápido, mais seguro e 10 vezes mais barato.”
O sistema eleitoral dos Estados Unidos atualmente permite três formas de votação: presencial no dia oficial das eleições, antecipada presencial e por correio — prática bastante comum e legal em diversos estados. A contagem dos votos em papel é feita com auxílio de máquinas, sob supervisão das autoridades locais.
A proposta de Trump reacende um antigo debate que ganhou força em 2020, quando ele perdeu a reeleição para o democrata Joe Biden. Na época, o republicano alegou, sem apresentar provas, que houve fraude nas cédulas enviadas por correio, classificando a contagem como “muito estranha”.
Especialistas em segurança eleitoral e órgãos independentes dos EUA já afirmaram, reiteradamente, que não houve qualquer evidência de fraude generalizada nas eleições de 2020. Ainda assim, Trump e seus apoiadores mantêm discursos de desconfiança quanto à integridade do sistema atual.
Se conseguir apoio político para sua proposta, a mudança pode causar um impacto profundo no processo eleitoral dos EUA, especialmente em um cenário de polarização crescente e desinformação digital.
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