TRE da Bahia exclui mandatos por esquema com candidatas laranjas
Tribunal Regional Eleitoral da Bahia determina cassação de mandatos em Maragogipe após denúncias de candidaturas femininas fictícias nas eleições de 2024

A Justiça Eleitoral da Bahia determinou, na última quinta-feira (10), a cassação dos mandatos de cinco vereadores de Maragogipe, cidade localizada no Recôncavo baiano, por fraude nas cotas de gênero, conforme confirmou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) ao portal g1 nesta segunda-feira (14).
A decisão judicial decorre de duas ações movidas contra os parlamentares, uma pelo partido Podemos e outra pelo União Brasil. As denúncias foram apresentadas pela coligação “Experiência Que Faz a Diferença Maragogipe”, formada por quatro siglas: PRTB, PSD, Republicanos e Solidariedade.
De acordo com a sentença, houve uso de candidaturas femininas fictícias, prática que configura burla à cota mínima de 30% de candidaturas por gênero exigida pela legislação eleitoral brasileira. Essa fraude nas cotas de gênero foi decisiva para a anulação dos mandatos conquistados nas urnas em 2024.
Vereadores cassados por fraude nas cotas:
- Tawan Pereira da Silva (Podemos)
- Enádio Nunes Pinto (Podemos)
- Adailton Correia Cruz (Podemos)
- Fabinho de São Roque (União Brasil)
- Roberval Filho (União Brasil)
Candidatas punidas com inelegibilidade:
- Gilmaci dos Santos (Podemos)
- Rosineia Borges de Sousa dos Santos (Podemos)
Ambas foram consideradas peças-chave na fraude, pois teriam sido registradas como candidatas apenas para atender à cota obrigatória, sem real intenção de campanha ou votos significativos.
A Justiça Eleitoral também determinou a inelegibilidade das duas candidatas por oito anos, com base na Lei da Ficha Limpa. As punições reforçam o compromisso com a transparência nas eleições e o respeito à representatividade feminina na política.
O TRE-BA ainda não divulgou se haverá novas eleições para os cargos vagos ou se os suplentes assumirão os mandatos.
Comentários: