Tratamento para intoxicação por metanol é revelado; Conheça
Entenda o tratamento para intoxicação por metanol e os riscos do álcool adulterado

Após a morte de um homem de 56 anos em Feira de Santana, a saúde pública da Bahia está em alerta devido à suspeita de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica encontrada em bebidas alcoólicas adulteradas. Marcos Evandro Santana da Costa foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Queimadinha e faleceu na madrugada desta sexta-feira (3).
A intoxicação por metanol é uma emergência médica que exige tratamento imediato e especializado para evitar sequelas graves ou a morte. Em Feira de Santana, após um caso fatal suspeito dessa intoxicação, especialistas reforçam a importância do manejo clínico correto para salvar vidas.
O tratamento principal para intoxicação por metanol envolve o uso do etanol, uma substância que age como antídoto ao competir com o metanol pela enzima álcool desidrogenase no fígado. Essa competição reduz a produção dos metabólitos tóxicos — formaldeído e ácido fórmico — responsáveis pelos efeitos nocivos ao sistema nervoso e outros órgãos.
Apesar de eficaz, o uso do etanol apresenta desafios: ele pode causar depressão do sistema nervoso central, hipoglicemia e exige administração cuidadosa, com monitoramento constante em UTI e controle rigoroso dos níveis sanguíneos.
Uma alternativa mais segura e eficaz seria o fomepizol, um medicamento que bloqueia diretamente a enzima álcool desidrogenase, impedindo a formação dos metabólitos tóxicos sem causar intoxicação adicional. No entanto, o fomepizol ainda não está disponível no Brasil, limitando as opções clínicas para o tratamento.
Especialistas destacam que o diagnóstico precoce, aliado ao tratamento adequado com etanol, é crucial para evitar consequências graves, como cegueira irreversível, insuficiência renal e coma. O alerta também serve para a população evitar o consumo de bebidas alcoólicas de origem duvidosa, que podem estar adulteradas com metanol.
Em resumo, o tratamento da intoxicação por metanol exige rapidez, atenção médica especializada e equipamentos hospitalares para monitoramento rigoroso, reforçando a gravidade desse problema de saúde pública.
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