Trabalhadores da Petrobras protestam contra mudanças no regime de teletrabalho

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Trabalhadores da Petrobras protestam contra mudanças no regime de teletrabalho
Foto: Reprodução / Google Street View

Na próxima quarta-feira, 22 de janeiro, às 9h, trabalhadores da Petrobras e a diretoria da Associação dos Engenheiros da Petrobras – Núcleo Bahia (AEPET-BA) realizarão um protesto na Torre Pituba, localizada na Avenida ACM, no bairro Itaigara, em Salvador. O ato faz parte da campanha nacional “Teletrabalho, Nenhum Passo Atrás” e é uma reação às recentes mudanças impostas pela empresa, que ampliou os dias de trabalho presencial de forma unilateral, sem diálogo com os funcionários.

A decisão da diretoria da Petrobras gerou indignação entre os trabalhadores, que apontam os impactos negativos das alterações no regime de teletrabalho. Segundo eles, a medida compromete a saúde física e mental, afeta a segurança e prejudica as rotinas pessoais e familiares. Marcos André, presidente da AEPET-BA, destacou que o direito ao teletrabalho foi uma conquista importante e não pode ser alterado sem negociação. “Essa é uma luta global dos trabalhadores. Precisamos avançar para a redução da jornada de trabalho sem perda de direitos ou salários”, afirmou.

Além do protesto presencial, a AEPET-BA orientou que os trabalhadores participem de uma mobilização interna ao longo do dia. A entidade defende a revogação imediata da decisão da Petrobras e exige a abertura de negociações com as federações e sindicatos para incluir um aditivo sobre o teletrabalho no Acordo Coletivo de Trabalho. De acordo com Érica Rebello Grisi, diretora da AEPET-BA, a empresa precisa reconhecer o esforço dos funcionários, que aderiram ao teletrabalho em momentos críticos para a companhia, e respeitar os direitos conquistados.

Caso a Petrobras não revogue a decisão até 9 de março, a entidade propõe intensificar as mobilizações, incluindo a decretação de estado de greve na área administrativa e o fechamento das unidades a partir de 10 de março. Marcos André também orientou os trabalhadores a não assinarem nenhum documento que reduza o teletrabalho e a denunciarem casos de ameaças ou coação por parte da empresa. “Estamos unidos e determinados a garantir nossos direitos e preservar a qualidade de vida dos trabalhadores”, reforçou o dirigente.

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