Terreno da Graça em disputa: Câmara de Salvador debate polêmica desapropriação

Projeto quer transformar área onde há construção de empreendimentos imobiliários em praça pública; impacto no trânsito e meio ambiente será avaliado.

Salvador
Terreno da Graça em disputa: Câmara de Salvador debate polêmica desapropriação
Foto: Divulgação

A desapropriação do terreno da Graça (PLE-319/2023) foi tema de uma audiência pública na Câmara Municipal de Salvador nesta quinta-feira (14), presidida pelo vereador Carlos Muniz (PSDB), no Plenário Cosme de Farias. O debate reuniu vereadores, autoridades e representantes da sociedade para discutir os impactos da proposta, que prevê transformar o espaço em uma praça pública.

O vereador Sidninho (PP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, defendeu a realização de uma nova audiência com a apresentação de estudos técnicos de impacto no trânsito e no meio ambiente. Já Carlos Muniz ressaltou a necessidade de cautela, destacando que o bairro da Graça já enfrenta congestionamentos frequentes.

“Para se instalar qualquer empreendimento naquela região, é preciso um estudo de impacto. É um bairro tradicional, com muitos moradores idosos que em alguns momentos do dia ficam impedidos de se locomover por conta do engarrafamento”, afirmou Muniz.

Apesar de se mostrar favorável à proposta, o presidente da Casa criticou o início da construção de um novo empreendimento no local, que prevê quatro torres de apartamentos e um mall com dez lojas, sem a realização dos devidos estudos.

O terreno, localizado na Rua da Graça, nº 42, possui 8.391,65 m² e já serve como espaço para a tradicional Feira da Fraternidade, promovida pela Paróquia da Vitória, além de ser utilizado no Carnaval como estacionamento de trios elétricos e veículos.

O projeto de lei é de autoria do vereador Hélio Ferreira (PCdoB), que sugere a criação de uma praça pública no local, com uso permanente e manutenção da Feira da Fraternidade. Hélio não compareceu à audiência por estar em congresso sobre mobilidade urbana fora de Salvador.

A proposta dividiu opiniões entre os vereadores. Cláudio Tinoco (União Brasil) elogiou o debate e criticou a subutilização do terreno. Já Omar Gordilho (PDT) e Maurício Trindade (PP) se posicionaram contra a desapropriação, argumentando que o empreendimento já em andamento gera insegurança jurídica para investidores e compradores.

O presidente Muniz ainda informou que a Câmara oficiou o cartório de imóveis da região para dar ciência da tramitação do PL e evitar prejuízos para a população e investidores.

Comentários:

Ao enviar esse comentário você concorda com nossa Política de Privacidade.

Logo Sou da Bahia
Resumo das Políticas

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.