SUS 35 anos: veja tudo o que mudou na saúde pública brasileira

Sistema de saúde brasileiro atinge 30 mil transplantes em um ano, expande atendimento e reforça produção nacional de medicamentos

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SUS 35 anos: veja tudo o que mudou na saúde pública brasileira
Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil

Na última sexta-feira (19), o Sistema Único de Saúde (SUS) comemorou 35 anos como referência mundial em atendimento público, gratuito e universal. Criado a partir da Constituição de 1988, o sistema passou a garantir acesso à saúde para toda a população brasileira — um marco que antes beneficiava apenas trabalhadores formais vinculados à Previdência.

Hoje, cerca de 76% dos brasileiros, o equivalente a mais de 160 milhões de pessoas, dependem diretamente do SUS. Só em 2024, foram realizados 2,8 bilhões de atendimentos, com a participação de 3,5 milhões de profissionais de saúde em todo o território nacional.

O maior sistema de saúde pública do mundo

O Brasil abriga a maior rede pública de transplantes do planeta. Em 2024, o SUS registrou um recorde histórico de 30 mil transplantes, garantindo ainda a distribuição gratuita de medicamentos imunossupressores para os pacientes.

Na vacinação, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) se destaca como o maior da América Latina, com 48 imunobiológicos, incluindo 31 vacinas. A atuação eficaz do SUS contribuiu para a erradicação da poliomielite e o recente reconhecimento do Brasil como país livre do sarampo.

Além disso, o Brasil lidera a oferta gratuita de vacina contra a dengue, direcionada a crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.

Avanços e programas estratégicos

Entre os principais marcos da trajetória do SUS estão:

  • Estratégia Saúde da Família (eSF): presente em todo o país, leva atendimento básico às áreas urbanas, rurais, indígenas e fluviais.
  • Samu (2003): atendimento móvel de urgência com presença nacional.
  • Farmácia Popular (2004): acesso gratuito e com desconto a medicamentos essenciais.
  • Mais Médicos (2013): reforço de profissionais nas regiões com maior escassez.

Futuro: ampliação, produção nacional e telessaúde

Com o PAC Saúde, o governo federal promete entregar:

  • Novas UBSs
  • Salas de teleconsulta
  • Policlínicas
  • Maternidades
  • Unidades móveis odontológicas
  • Ambulâncias
  • E a expansão do atendimento de emergência para territórios indígenas, com profissionais bilíngues atuando 24 horas por dia.

Outra inovação é o crescimento da telessaúde, que deve reduzir em até 30% o tempo de espera por especialistas. Em 2024, foram mais de 2,5 milhões de atendimentos online.

Produção nacional: menos dependência, mais eficiência

Uma das principais metas do governo é reduzir a dependência do Brasil na importação de medicamentos e equipamentos. A expectativa é que, até 2034, 70% das demandas do SUS sejam atendidas com produção nacional — medida que fortalece o complexo industrial da saúde.

Com avanços expressivos e novos investimentos, o SUS consolida sua posição como o maior sistema público de saúde do mundo. Mesmo enfrentando desafios históricos, como o tempo de espera, iniciativas como Agora Tem Especialistas e a expansão da telessaúde prometem transformar a realidade de milhões de brasileiros nos próximos anos.

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