STF recebe defesas de 26 acusados na investigação sobre trama golpista

Ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministros negam participação e contestam delação de Mauro Cid.

Política
STF recebe defesas de 26 acusados na investigação sobre trama golpista
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/Arquivo

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, nesta sexta-feira (7), as manifestações de defesa de 26 dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que investiga a suposta trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O prazo para a maioria dos acusados entregar a defesa terminou na quinta-feira (6), mas algumas manifestações ainda foram recebidas hoje.

Entre os principais argumentos apresentados, os denunciados negam envolvimento no suposto plano de golpe, alegam falta de acesso integral às provas e pedem a substituição do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. Além disso, as defesas questionam a legalidade da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e solicitam que o julgamento ocorra no plenário do STF, e não apenas na Primeira Turma da Corte.

Figuras centrais da investigação, como Jair Bolsonaro, o general Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça) e Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin) já apresentaram suas defesas. O empresário Paulo Figueiredo, que reside nos Estados Unidos, foi intimado por edital, e Filipe Martins, ex-assessor internacional do governo, pediu prazo adicional para sua manifestação.

Julgamento no STF

Após a entrega de todas as defesas, o julgamento da denúncia será marcado. A Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, será responsável por analisar o caso. Caso a maioria aceite a denúncia, os acusados, incluindo Bolsonaro, se tornarão réus e responderão a uma ação penal.

A data do julgamento ainda não foi definida, mas a expectativa é que o caso seja analisado ainda no primeiro semestre de 2025.

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