Sindicato quer apuração de possível fraude em concurso da prefeitura de Salvador
Candidatos deixaram prova após identificarem violação no envelope que carregava as provas
O Sindicato dos Servidores da prefeitura de Salvador (Sindseps) se pronunciou na manhã desta segunda-feira, 18, sobre as denúncias de suposta fraude na aplicação das provas de um concurso público municipal para o preenchimento das vagas de enfermeiro e técnico de enfermagem.
A diretora da entidade, Lília Cordeiro, afirmou que “tomará medidas cabíveis para garantir a moralidade e lisura” do certame realizado na manhã de domingo, 17. As declarações surgem após um grupo de candidatas terem deixado a Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no bairro do Canela, sob justificativa de que houve violação no lacre dos envelopes que carregavam as provas.
“Recebemos denúncias de cadernos de provas, de respostas, violados e sem lacre em sala da Ufba. Iremos adotar as medidas junto com o nosso jurídico para que, se necessário for, solicitar o cancelamento deste concurso e assim garantir que esse processo seja feito na sua total moralidade”, disse, em um vídeo publicado nas redes sociais.
Em contrapartida, a empresa responsável pela aplicação do exame nega que houve qualquer fraude na aplicação da prova. Em nota, o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan) diz que o envelope foi aberto na frente dos candidatos de cada sala.
LEIA TAMBÉM: Prefeitura de Salvador tem déficit de R$ 791 milhões no 1º semestre de 2024
“O Idecan descarta qualquer acusação de fraude envolvendo a aplicação das provas para o concurso público da Prefeitura de Salvador, na Bahia, na manhã de hoje, 17. Os próprios candidatos presentes na sala em que houve a intercorrência confirmaram e registraram em ata que não havia qualquer violação ou rasura no envelope. Todos assinaram o documento atestando a integridade do material. Ainda assim, alguns desses poucos candidatos optaram por abandonar a prova”, diz um trecho da nota.
O mesmo posicionamento foi adotado pela Secretaria Municipal de Gestão (Semge), responsável pela organização do concurso. Questionada se haverá uma nova aplicação da prova para esta parcela de candidatos, a pasta não respondeu.
Insatisfeitos, 10 candidatos prestaram um boletim de ocorrência (BO) sobre o caso. Em nota enviada à imprensa, a Delegacia Territorial dos Barris afirmou que o “caso será investigado para esclarecer os fatos”.
O Sindsesp também repudiou “qualquer tentativa de prejudicar ou beneficiar quaisquer candidatos/as e estamos à disposição para colaborar com qualquer medida que vise zelar pela moralidade, transparência e respeito com a coisa pública”.
Veja vídeo do Sindsesp
Comentários: