Setur-BA reforça apoio a turismo comunitário indígena na Bahia

A Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA) intensificou suas ações para o incremento do turismo de base comunitária em territórios indígenas da Bahia. O reforço nas estratégias ocorreu durante a 7ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), promovido pelo Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba).
O evento, que teve como tema “Clima e Território: duas lutas, um direito”, encerrou-se na quinta-feira (6) na área verde da Assembleia Legislativa (Alba), em Salvador. O encontro reuniu mais de dois mil indígenas de 55 municípios baianos e contou com atividades culturais, feira de artesanato e debates. O Governo do Estado também anunciou um investimento de R$ 500 milhões destinado a serviços essenciais para os povos originários.
Diálogo por estruturação e novos roteiros
Equipes da Setur-BA realizaram reuniões estratégicas com lideranças de diversas etnias. O objetivo foi atualizar as potencialidades turísticas das aldeias que já recebem visitantes – com foco especial na região da Costa do Descobrimento – e identificar novas áreas com potencial, que agora necessitam de estruturação.
Maurício Bacelar, titular da Setur-BA, destacou a prioridade dada ao segmento: “O turismo de base comunitária tem uma atenção especial da nossa secretaria, que acompanha de perto o trabalho desenvolvido nas aldeias. No acampamento, ouvimos novas demandas dos indígenas, para reforçar as ações de incremento desse segmento turístico tão rico no estado, com a previsão de criação de novos roteiros”.
Modelo de sucesso e respeito cultural
Patrícia Pataxó, superintendente de Políticas para os Povos Indígenas da Bahia, ressaltou o sucesso do encontro. “Este ano, tivemos o maior ATL da história, que discutiu avanços para os povos originários, incluindo o fortalecimento do turismo em comunidades indígenas, promovido pela Setur-BA”.
Patrícia citou como exemplo a Reserva da Jaqueira, em Porto Seguro, reconhecida nacionalmente por receber turistas do mundo inteiro, enfatizando que o desenvolvimento turístico é feito sempre com o devido respeito à cultura e à diversidade das aldeias.



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