Sesab desmente surto de HIV na Bahia e divulga dados
Secretaria de Saúde da Bahia desmente rumores de surto de HIV entre adolescentes e destaca dados atualizados sobre casos no estado em 2025

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) desmentiu, neste domingo (24), os rumores sobre um suposto surto de HIV na Bahia, especialmente entre adolescentes e jovens. Segundo os dados mais recentes divulgados pela pasta, 93 jovens entre 14 e 19 anos foram diagnosticados com HIV em 2025 — número que, embora preocupante, representa uma redução em relação ao mesmo período dos anos anteriores.
Segundo a Sesab, entre janeiro de 2023 e 2 de agosto de 2025, foram registrados 11.187 novos casos de HIV em todo o estado. A faixa etária mais afetada é a de 20 a 34 anos, que concentra quase metade dos casos. Veja os números por idade:
- 10 a 19 anos: 168 casos
- 20 a 34 anos: 5.212 casos
- 35 a 49 anos: 3.664 casos
- 50 a 64 anos: 1.517 casos
- 65 anos ou mais: 345 casos
O perfil dos infectados também mostra que 72% dos diagnósticos foram em homens, enquanto 28% em mulheres, e 18 registros tiveram o gênero ignorado.
Jovens com HIV: Números em Queda
Embora o número de casos em adolescentes ainda demande atenção, a tendência é de queda em relação aos anos anteriores. Entre janeiro e agosto, foram registrados:
- 2022: 137 casos
- 2023: 158 casos
- 2024: 184 casos
- 2025: 93 casos (até agosto)
Esses dados reforçam que, ao contrário do que tem circulado nas redes sociais, não há um surto entre os jovens, mas sim um trabalho contínuo de monitoramento e prevenção.
Como se Prevenir do HIV?
A transmissão do HIV acontece principalmente por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho, caso não sejam seguidos protocolos de prevenção.
A prevenção combinada ao HIV é hoje a estratégia mais eficaz, aliando informação, testagem, uso de preservativos e medicamentos como PrEP (profilaxia pré-exposição) e PEP (profilaxia pós-exposição).
PrEP: Uso de comprimidos antes da exposição ao vírus (diariamente ou sob demanda).
PEP: Medicação iniciada até 72 horas após uma situação de risco, como sexo desprotegido ou compartilhamento de agulhas.
Ambos os métodos estão disponíveis gratuitamente no SUS.
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