Selic em pauta: Copom decide futuro dos juros nesta quarta

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (10) para a última decisão do ano sobre a Taxa Selic 2025, atualmente em 15% ao ano, maior nível desde julho de 2006. Apesar da desaceleração da inflação, alguns preços, especialmente de energia e alimentos, continuam pressionando a economia.

Desde setembro de 2024, a Selic foi elevada sete vezes consecutivas, mas nas últimas reuniões de julho, setembro e novembro, o Copom manteve a taxa. A expectativa do mercado é de que a taxa permaneça em 15% ao ano, reforçando o compromisso do Banco Central em garantir a convergência da inflação à meta.

Segundo a ata da última reunião, a política monetária exige cautela devido à elevada incerteza econômica. O Boletim Focus projeta que os juros devem se manter nesse nível até o fim deste ano ou início de 2026, embora haja divergência sobre quando ocorrerá a próxima redução.

A inflação, medida pelo IPCA-15, registrou 0,2% em outubro e acumula 4,5% em 12 meses, atingindo o teto da meta de 4,5%. O IPCA cheio de novembro será divulgado nesta quarta, podendo confirmar a tendência de desaceleração da inflação.

A Taxa Selic é usada como referência para os juros de títulos públicos e influencia todas as demais taxas da economia. Juros altos desestimulam crédito e consumo, mas incentivam a poupança e ajudam a controlar a inflação. Por outro lado, uma redução da Selic pode estimular a produção e o consumo, mas aumenta o risco inflacionário.

O Copom se reúne a cada 45 dias, analisando cenários internos e internacionais antes de decidir a taxa de juros. Com a meta de inflação contínua em 3%, o Banco Central ajusta suas estratégias para manter os preços sob controle e garantir previsibilidade econômica.

A decisão desta quarta-feira será acompanhada de perto pelo mercado financeiro, empresas e consumidores, já que influencia diretamente empréstimos, financiamentos e investimentos em todo o país.