Secretário da Cultura detona artistas baianos que retiram nome de Orixás das músicas: “É racismo”

Internautas associam crítica a cantora Claudia Leitte

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Secretário da Cultura detona artistas baianos que retiram nome de Orixás das músicas: “É racismo”
Foto: Divulgação

Em homenagem aos 40 anos do axé music, o secretário municipal da Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho, iniciou uma discussão nas redes sociais sobre a importância do movimento musical na música brasileira. 

“A celebração dos 40 Anos do Axé-Music é muito bem vinda, é necessária e pertinente. Contudo, ela não pode vir sem também trazer junto algum pensamento crítico. Importante botar as coisas no seu devido lugar antes de começar o oba oba. Temos a oportunidade de seguir em frente, corrigir percursos, fazendo o melhor e o justo. Viva o Axé”, escreveu Tourinho. 

Ao falar sobre o tema, Tourinho, que está de saída da pasta, mencionou a ligação da palavra yorubá com as religiões de matriz africana e fez uma crítica sobre alguns cantores que tentam apagar a influência dos cultos africanos na música baiana. 

“Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha mito dinheiro com isso, mas, de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo. É surreal o explícito reforço do que houve errado naquele tempo”, diz outro trecho do texto. 

Apesar de não citar nomes, internautas relacionam a citação a cantora Claudia Leitte, que substituiu um verso original da canção “Caranguejo”, que fazia referência a Iemanjá por uma menção a Jesus Cristo.

Nos comentários, artistas baianos como Ivete Sangalo e Larissa Luz apoiaram o pronunciamento do secretário.

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