Robinson Almeida sugere ao MP que investigue possível ‘farra das bolsas de estudo’ na prefeitura
Deputado cobra transparência sobre doutorado do prefeito e critica supostos privilégios de secretários e aliados na Prefeitura de Salvador

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) voltou a fazer duras críticas à gestão de Bruno Reis (União Brasil) e pediu que o Ministério Público da Bahia (MP-BA) amplie a investigação sobre a chamada “farra das bolsas de estudo” na Prefeitura de Salvador. Segundo o parlamentar, o órgão deve incluir o prefeito entre os investigados, após denúncias de custeio de cursos de pós-graduação com recursos públicos para agentes políticos e servidores não concursados.
Robinson elogiou o MP pela abertura do procedimento administrativo, mas cobrou mais transparência sobre o doutorado que o prefeito iniciou no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília.
“Afinal, quem está pagando esse curso? O povo tem o direito de saber se o prefeito também está sendo bancado com dinheiro público. Se não deve, que venha a público e esclareça”, afirmou o deputado.
Para o petista, o caso expõe uma forma de governar voltada ao favorecimento de aliados e à autopromoção pessoal.
“É o mesmo modelo herdado de ACM Neto: os amigos no topo, os servidores na fila e a cidade no abandono. O MP está fazendo o que a Prefeitura não faz — cuidando da moralidade e do respeito ao contribuinte”, criticou.
MP-BA investiga custeio de cursos pagos com dinheiro público
O Ministério Público da Bahia instaurou um procedimento para investigar o custeio de cursos de pós-graduação pela Prefeitura. O caso é conduzido pelo 3º promotor de Justiça de Proteção da Moralidade Administrativa e do Patrimônio Público, Pablo Almeida, responsável por fiscalizar o uso de recursos municipais em benefícios educacionais concedidos a servidores e gestores.
A apuração foi motivada pela tentativa da secretária da Fazenda, Giovanna Victer, de custear com recursos da própria pasta um doutorado profissional em Administração Pública, avaliado em mais de R$ 183 mil. A autorização, no entanto, foi barrada pela Justiça da Bahia após questionamentos sobre a legalidade da despesa.
Robinson classificou o episódio como “um escândalo” e criticou o uso de dinheiro público em cursos particulares de alto valor.
“O soteropolitano paga uma das taxas de IPTU mais injustas do Brasil para financiar o doutorado da secretária. É imoral e precisa ser punido”, declarou.
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