Robinson Almeida critica Bruno Reis e cobra soluções para o transporte público em Salvador

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) rebateu as declarações do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), sobre a responsabilidade do governo estadual nos custos do transporte público da capital. O debate ganhou força após o governador Jerônimo Rodrigues (PT) anunciar, na última quinta-feira (20), que as tarifas do metrô e do transporte metropolitano não terão reajuste em 2025.
Para Robinson, o prefeito usa essa argumentação para desviar o foco dos problemas estruturais do sistema municipal. “Bruno Reis usa esse discurso como cortina de fumaça para esconder os problemas estruturais do transporte municipal. O governo do estado já aplica medidas de incentivo, enquanto a prefeitura continua beneficiando as empresas concessionárias sem transparência na composição da tarifa em benefício da população”, afirmou.
O parlamentar criticou o aumento da tarifa de ônibus em Salvador, que passou para R$ 5,60 em janeiro, tornando-se a mais alta do Nordeste e a quinta maior entre as capitais do país. “O reajuste da tarifa de ônibus, autorizado pelo prefeito, tornou Salvador a capital do Nordeste com a maior tarifa do transporte público, à frente até de cidades mais ricas, como São Paulo. E vejam que ela é incompatível com a má qualidade do serviço prestado. Tudo isso é reflexo da incompetência da gestão municipal na condução do transporte público, prejudicando milhares de trabalhadores e estudantes que dependem dos ônibus diariamente”, destacou o deputado.
Robinson também acusou o prefeito de não enfrentar os desafios do setor e repassar os custos à população. “Enquanto o governador Jerônimo Rodrigues busca soluções para evitar reajustes no metrô e no transporte metropolitano, Bruno Reis simplesmente transfere a conta para o povo. Ele, na verdade, se tornou especialista em transferir responsabilidade”, afirmou.
O deputado defendeu que a prefeitura assuma maior controle sobre o sistema e cobre mais eficiência das concessionárias. “A verdade é que a prefeitura não tem controle efetivo sobre o sistema e prefere penalizar o usuário a cobrar efetivamente das concessionárias um serviço de qualidade. Em vez de terceirizar responsabilidades, Bruno Reis precisa assumir sua competência e resolver os problemas de mobilidade urbana da cidade, que cada dia anda pior, comprometendo a qualidade de vida do povo soteropolitano”, concluiu Robinson Almeida.
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