Revolta dos Malês vira filme e promete impactar o Brasil

Longa estrelado por Antônio Pitanga traz à tona a Revolta dos Malês, o maior levante de escravizados da história brasileira, com estreia marcada para outubro nos cinemas

Entretenimento
Revolta dos Malês vira filme e promete impactar o Brasil
Foto: Divulgação

O novo longa-metragem “Malês”, dirigido e protagonizado por Antônio Pitanga, promete trazer à tona uma das passagens mais silenciadas da história brasileira: a Revolta dos Malês, o maior levante de escravizados já registrado no país, ocorrido em Salvador, no ano de 1835.

A produção, que estreia nos cinemas no dia 2 de outubro, ganhou destaque em matéria publicada pelo portal Metrópoles, que ressalta a força da narrativa e a importância de revisitar episódios esquecidos da história negra no Brasil.

Elenco celebra o impacto da história

Em entrevista ao Metrópoles, atores do elenco como Samira Carvalho, Edvana Carvalho, Heraldo de Deus e Rodrigo de Odé destacaram a relevância do filme no atual contexto político e social do país.

“Malês é didático, emocionante e muito necessário nesse momento que a gente se encontra no país”, afirmou Samira.

Rodrigo de Odé complementou, ressaltando que o longa evidencia a humanidade dos africanos escravizados:

“Mostra que a escravidão não se abateu sobre pessoas que nasceram escravas, mas sim sobre pessoas com culturas, religiões e línguas próprias, brutalmente apagadas por um sistema racial e econômico”, disse o ator.

Um resgate histórico urgente

A Revolta dos Malês foi liderada por africanos muçulmanos (os chamados “malês”) e aconteceu durante o mês do Ramadã, mobilizando centenas de pessoas negras escravizadas e libertas contra a opressão do sistema escravista. Após a repressão violenta da revolta, o controle sobre a população negra no Brasil se intensificou.

No filme, Antônio Pitanga vive Pacífico Licutan, uma das figuras centrais do movimento. O elenco ainda conta com Rodrigo de Odé (Ahuna), Bukassa Kabengele (Manoel Calafate), Heraldo de Deus (Vitório Sule) e Thiago Justino (Luís Sanim). Também há personagens ficcionais que ampliam o drama humano, como Sabina (Camila Pitanga), Dassalu (Rocco Pitanga) e Abayome (Samira Carvalho).

Estreia com alta expectativa

Ainda segundo o Metrópoles, a expectativa para a estreia é grande. A equipe acredita que o filme será um marco no cinema nacional e contribuirá para ampliar o debate sobre racismo, identidade e ancestralidade.

“A gente tem certeza de que vai ser maravilhoso, que vai atingir o máximo de público possível e inspirar as pessoas brasileiras”, declarou Edvana Carvalho ao portal.

Com narrativa potente e valor educativo, “Malês” se firma como mais que um filme: é um tributo à resistência e à memória negra no Brasil.

Comentários:

Ao enviar esse comentário você concorda com nossa Política de Privacidade.

Logo Sou da Bahia
Resumo das Políticas

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.