Responsável por denúncia que envolve Cláudia Leitte, advogado do IDAFRO prega “respeito às religiões afro-brasileiras

Responsável por denúncia que envolve Cláudia Leitte, advogado do IDAFRO prega “respeito às religiões afro-brasileiras
Foto: Divulgação/ Idafro

Na semana do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em memória de Mãe Gilda, o advogado Hédio Silva Jr., coordenador do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro), destacou a importância de proteger a honra e a dignidade das religiões de matriz africana. “A dignidade das religiões afro-brasileiras não pode ser violada. Modificar referências sagradas em obras culturais reforça preconceitos e atenta contra a liberdade religiosa”, afirmou o advogado.

A declaração foi feita em meio à repercussão do inquérito civil instaurado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), que apura denúncia de racismo religioso contra a cantora Cláudia Leitte. O caso envolve a modificação da letra da música Caranguejo. Tradicionalmente dedicada à orixá Iemanjá, a canção teve seu verso alterado pela artista para incluir Yeshua, que significa Jesus em hebraico.

A denúncia ao MP foi apresentada pelo Idafro e pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro, filha de Mãe Gilda e referência na luta contra o racismo religioso. Segundo a acusação, a substituição deliberada e reiterada de um termo culturalmente sagrado configura uma afronta às comunidades afro-brasileiras e ao patrimônio cultural protegido.

Audiência Pública- Para ampliar o debate, o Ministério Público da Bahia convocou uma audiência pública, que será realizada no próximo dia 27 de janeiro, às 14h, no auditório da sede do MP-BA, localizado na Avenida Joana Angélica, nº 1.312, Nazaré, Salvador. O evento contará com Representantes do setor público, da sociedade civil organizada e das comunidades religiosas.

As inscrições estão abertas e podem ser realizadas por meio do link: https://nlink.at/T4eu.

Reflexão sobre a intolerância religiosa

O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído em homenagem a Mãe Gilda, que faleceu em 21 de janeiro de 2000, após sofrer agressões verbais e físicas motivadas por preconceito religioso. A data simboliza a luta pela liberdade religiosa e pela preservação do patrimônio cultural e espiritual das religiões de matriz africana.

O caso envolvendo Cláudia Leitte, agora em investigação, levanta discussões cruciais sobre os limites da liberdade artística frente à preservação da diversidade e do respeito às práticas religiosas no Brasil.

Serviço:
Audiência Pública
Data: 27 de janeiro de 2025
Horário: 14h
Local: Auditório do Ministério Público da Bahia, Avenida Joana Angélica, nº 1.312, Nazaré, Salvador-BA
Inscrições: https://nlink.at/T4eu

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