Racismo e Xenofobia: Torcedora do Avaí vira alvo do MP

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Racismo e Xenofobia: Torcedora do Avaí vira alvo do MP
Fabiano Rateke / Avaí F.C

Um caso de injúria racial e xenofobia ocorrido durante a partida entre Avaí e Remo, pela 37ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, no último sábado (15), em Florianópolis, ganhou repercussão nacional e gerou um debate urgente sobre o combate à discriminação nos estádios. Um vídeo viralizado nas redes sociais mostra uma torcedora do Avaí proferindo ofensas graves contra a torcida paraense.

As imagens capturam a mulher, acompanhada de outros torcedores, dirigindo ataques que misturam a discriminação racial com o preconceito regional. Entre as falas registradas, ela diz: “Olha a tua cor. […] Vão embora de jegue. O que tem no Pará? Seu feio. Vão embora porque o prefeito não quer pobre aqui. Gastou o salário para vir, vai ter que voltar a pé.”

Investigação e Punição Imediata

Diante da gravidade e da divulgação do caso, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) agiu prontamente, instaurando um procedimento administrativo através da 29ª Promotoria de Justiça da Capital. O órgão enviou ofícios à Polícia Militar e ao Avaí solicitando colaboração na identificação da torcedora.

O Avaí se posicionou de forma veemente em nota oficial, classificando a conduta como racista e xenófoba e garantindo ter tolerância zero contra a discriminação. O clube catarinense destacou que está colaborando integralmente com as investigações e que a responsável terá o acesso a jogos e eventos suspenso assim que for identificada.

“O racismo é um crime grave que não pode ser tolerado dentro ou fora dos estádios,” diz um trecho do posicionamento do Avaí, que finaliza: “não basta não ser racista, é preciso ser antirracista.”

Repúdio e Apoio ao Zagueiro do Remo

O Remo também se manifestou repudiando os ataques sofridos por seus torcedores, classificando o ato como “repugnante” e uma “clara manifestação de racismo e intolerância” que não pode permanecer impune.

Além do incidente na arquibancada, a equipe paraense denunciou um segundo caso: o zagueiro Reynaldo foi alvo de injúria racial nas redes sociais, após a divulgação de um áudio. O clube informou que está prestando todo o apoio necessário ao jogador e que tomará medidas jurídicas para identificar o autor das ofensas.

Ambos os clubes e o MPSC reforçam que a tolerância zero e a punição são essenciais para coibir o racismo e a xenofobia, crimes que continuam a macular o esporte e a sociedade.

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