Queda de braço entre prefeitura e governo da Bahia por terreno no Subúrbio pode ser judicializada

Governos Bruno Reis (União) e Jerônimo (PT) travam guerra para ocupar antiga fábrica têxtil São Braz

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Queda de braço entre prefeitura e governo da Bahia por terreno no Subúrbio pode ser judicializada
Foto: Roberto Abreu

A queda de braço travada entre a prefeitura de Salvador e o governo da Bahia para utilização do terreno da antiga fábrica têxtil São Braz, localizada às margens da praia de Plataforma, no Subúrbio Ferroviário da capital, pode acabar sendo judicializada. 

Isso porque as duas gestões desapropriaram o terreno para finalidades diferentes. O governo Bruno Reis (União Brasil) deseja instalar uma espécie de Projac no local, com diversos estúdios para a gravação de filmes, novelas e séries. Já a gestão Jerônimo (PT) quer transformar o espaço em um Parque das Ruínas, assim como o do Rio de Janeiro.

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O portal Sou da Bahia procurou o secretário municipal da Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho, que está de saída da pasta, para esclarecer sobre o assunto. Em nota, Tourinho afirmou que desconhece a proposta do governo estadual e se surpreendeu com a notícia. 

“O nosso já havia sido divulgado. Acho que agora é sentar juntos para entender o que é melhor para a população e tentar compatibilizar”, disse Tourinho, idealizador da proposta. 

Já o secretário de Governo, Cacá Leão, que também assinou o decreto autorizando a desapropriação do local, manteve um discurso parecido com o de Tourinho e endossou sobre a necessidade de compreender o que melhor cabe à população soteropolitana. 

“Entendemos que, se o Governo do Estado também tem planos para a mesma área, é necessário haver um diálogo entre os dois entes públicos, para analisar juntos o que será melhor para a população ou se há alguma forma de compatibilizar os dois projetos”, diz Cacá. 

“A proposta da prefeitura, de criação de um polo de cinema, vai gerar emprego e renda. É preciso entender e debater o que será melhor para os moradores do Subúrbio”, completou. 

A proposta do governo do estado, por sua vez, seria voltado sobretudo para a comunidade local do Subúrbio de Salvador, especialmente pescadores e marisqueiras, cumprindo o objetivo de Jerônimo de fazer um VLT que atenda a essas comunidades tradicionais.

Em nota, a Companhia de Transportes da Bahia (CTB) afirmou que foi surpreendida com a desapropriação do prédio por parte da prefeitura e que já está adotando as medidas necessárias para executar o projeto do Parque das Ruínas, conforme previsto no Edital do VLT de Salvador.

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