“Quadrilha formada para derrubar a democracia”, diz Wagner sobre Bolsonaro e demais indiciados
O senador Jaques Wagner (PT-BA) declarou, na manhã desta sexta-feira (22), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os demais 36 indiciados pela Polícia Federal nesta quinta (21), são uma quadrilha que foi formada para derrubar a democracia brasileira e instalar uma nova ditadura no país. Para o parlamentar, o caso serve para alertar a população sobre os caminhos que podem ser tomados na política.
“É uma quadrilha que se formou com o intuito de derrubar a democracia. Ele foi indiciado porque, seguramente, o entorno todo dele sabia e é difícil ele dizer que não sabia ou que não autorizou. Mas isso está a cargo da Justiça. Não se trata de uma vontade política”, declarou Wagner.
“É um alerta para a população brasileira. Eu digo sempre: ser conservador é um direito de qualquer pessoa. Tem conservador, tem liberal, tem de esquerda e tem de direita. O que não é de direito de ninguém, pelo menos debaixo da Constituição Brasileira, é tramar contra a democracia. O que se pretendia ali era, de novo, um regime ditatorial mandado por alguns”, acrescentou o senador.
LEIA TAMBÉM: Rui e Wagner rechaçam disputa entre eles por cargos no governo Jerônimo
Ex-ministro da Defesa durante a gestão de Dilma Rousseff (PT), Wagner também avaliou que o perfil golpista seria minoritário nas Forças Armadas, devido a uma preocupação acerca da aceitação internacional de um golpe de Estado no Brasil. Para o senador, uma nova ditadura poderia isolar o país frente ao restante do mundo.
“Eu acho que a maioria das Forças Armadas rejeita esse caminho, até porque é um caminho que já foi rejeitado no mundo inteiro. Eles sabem que uma aventura dessas levaria o país a um absoluto isolamento internacional. Não há espaço para isso aqui. E, portanto, é uma coisa extremamente grave”, concluiu.
Além do ex-presidente da República, também foram indiciados pela Polícia Federal os ex-ministros Anderson Torres, Augusto Heleno e Walter Braga Netto; o ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Comentários: