Preso por agredir mulher, João Neto reage após suspensão de OAB: “Racismo”
Entenda motivo da suspensão do documento

O advogado baiano e influenciador digital João Neto, que responde em liberdade pelo crime de violência doméstica após agredir a companheira, criticou a suspensão do seu registro profissional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
“Esse negro aqui vai continuar vivendo bem, comprando o que quiser. Não vão me impedir. Só posso atribuir isso ao racismo”, disse.
A declaração foi dada em um vídeo publicado nas redes sociais do advogado na última quinta-feira, 22. Na legenda, ele voltou a enfatizar que a suspensão do documento está relacionada à questão racial.
“Por que a OAB protege alguns em casos graves como tráfico ou corrupção, mas não se posiciona quando se trata de um advogado negro, filho da periferia? Dois pesos, duas medidas?”, questionou.
A suspensão preventiva da OAB-BA aconteceu durante um julgamento realizado pelo Tribunal de Ética e Disciplina da seccional da Bahia. A medida vale por 90 dias.
Antes da agressão, João Neto já era investigado por “conduta incompatível com a dignidade da profissão e com o exercício profissional da advocacia”.
O caso
Famoso nas redes sociais, o advogado criminalista João Neto foi preso no dia 14 de abril, após ser acusado de agredir uma mulher dentro do seu apartamento.
O caso aconteceu no bairro de Jatiúca, em Maceió (AL). Moradores do edifício dizem ter escutado gritos e sons de agressão na residência de João Neto, e acionaram a polícia.
As agressões também foram registradas por uma câmera de segurança do condomínio e mostram o momento em que uma mulher ensanguentada deixou o apartamento do advogado.
No vídeo, o ex-policial militar da Bahia aparece segurando um pano, tentando conter o sangue que escorre do rosto da vítima.
Comentários: