Prefeito eleito de Simões Filho pode ser cassado por abuso de poder político e econômico

O prefeito eleito de Simões Filho, Devaldo Soares de Souza, conhecido como Del (União Brasil), corre risco de ter a sua chapa cassada por suspeita de fraude à cota de gênero e suposto abuso de poder político e econômico, além de compra de votos. 

Pouco dias após as eleições, no dia 9 de outubro, o Ministério Público Eleitoral (MPE) recomendou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) uma ação desfavorável ao então candidato a prefeito por abuso de poder devido a um vídeo que mostra eleitores filmando o seu voto a Del e Simone Oliveira Costa (PDT), então candidata a vice, nas urnas eletrônicas. 

Na decisão que o Portal Sou da Bahia teve acesso, a Justiça Eleitoral diz que “o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato”. O documento ainda diz que a inelegibilidade deverá valer pelos próximos 8 anos.  

A denúncia apresentada contra o prefeito também se debruça sobre contratações e exonerações ilegais durante o período eleitoral. 

“O atual gestor do município de Simões Filho, nos dias 5 e 6 de julho, às vésperas da entrada em vigor da Lei Eleitoral, nomeou aproximadamente 360 cargos públicos”, diz um trecho do texto. 

Informações preliminares também dão conta de que alguns contratados seriam funcionários fantasmas e outros parentes do vice-prefeito Sid Serra. 

Caso as denúncias sejam deferidas pela Justiça, a chapa majoritária eleita será cassada, tendo a necessidade de novas eleições no município. A decisão, contudo, ainda cabe recurso.

A coligação “Simões Filho vai continuar avançando”, composta por Del (União) e Simone Costa (PDT) foi eleita no dia 6 de outubro, com 58,16% dos votos, o que equivale a 40.230 votos.