“Por que ACM Neto não solta a mão de Bolsonaro? Porque são a mesma coisa”, diz Éden

Presidente do PT Bahia criticou silêncio do ex-prefeito de Salvador após PF revelar golpe para execução de Lula, Alckmin e Moraes

“Por que ACM Neto não solta a mão de Bolsonaro? Porque são a mesma coisa”, diz Éden
Foto: Divulgação

O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, criticou nesta quarta-feira (20) o silêncio de ACM Neto (União Brasil) sobre as graves revelações da Polícia Federal (PF) sobre o golpe de estado para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF, Alexandre de Moraes, após o resultado das eleições, em novembro de 2022.

O plano foi discutido na casa de Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa com Jair Bolsonaro (PL), e impresso dentro do Palácio do Planalto.

“Por que ACM Neto não solta a mão de Bolsonaro? Porque são a mesma coisa na Bahia. Quando Bolsonaro negou a pandemia, o direito à vacina, ACM Neto ficou calado e foi cúmplice. Quando Bolsonaro estimulou o desmatamento e destratou o meio ambiente, o ex-prefeito foi cúmplice. Quando o ex-presidente destruiu o cinturão de proteção social, todos os programas de proteção aos mais pobres, o Minha Casa, Minha Vida, Mais Médicos, o Farmácia Popular, também foi cúmplice”, apontou Éden.

“Quando Bolsonaro, ao perder a eleição, tentou um golpe, estimulou o 8 de janeiro, ele foi cúmplice e, agora, revelado um plano detalhado para assassinar o presidente da República, o vice-presidente da República e o presidente do TSE, novamente, ele é cúmplice mais uma vez. O silêncio de Neto significa que ele é parceiro de Bolsonaro”, acrescentou o presidente estadual do PT.

Foto: Divulgação / PT-BA

O dirigente partidário lembrou ainda que o ACM Neto tem criado o hábito de ir às redes sociais para criticar ações do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do presidente Lula.

“ACM Neto que é sempre tão disponível para gravar vídeo contra o governador Jerônimo Rodrigues, contra o presidente Lula para fazer críticas foi incapaz de se manifestar nas redes sociais ou ter uma manifestação pública contra o que a Polícia Federal revelou, a tentativa de golpe no Brasil. Quem se cala contra o golpe, é cúmplice do golpe”, criticou Éden.

O presidente do PT-BA ainda aproveitou para cutucar ACM Neto em relação à campanha eleitoral de 2022, quando o adversário de Jerônimo escolheu não assumir um posicionamento na disputa presidencial.

“Com a revelação do autoritarismo, da tentativa de golpe, de uma articulação, de um conluio dentro do Palácio do Planalto do então presidente da República e dessas pessoas que não gostam e não respeitam a democracia e a Constituição e articularam e operaram um golpe militar, se já não havia espaço para o ‘tanto faz’ antes, hoje é um absurdo partidos políticos, lideranças políticas não se manifestarem sobre o assunto. Continuar insistindo no ‘tanto faz’ significa ser omisso ou cúmplice do golpismo”, opinou.

“Estamos em uma encruzilhada entre aqueles e aquelas que defendem a democracia, a Constituição, as regras, a República e aqueles que por ação, no caso de Bolsonaro, do seu governo e dos seus aliados mais próximos ou aqueles que, por se calarem, flertam com o autoritarismo. No final das contas, essas coisas se juntam, se aproximam e se encontram. A tradição do autoritarismo do carlismo que sempre foi apoiador da ditadura se reencontra com o autoritarismo daqueles que tentaram o golpe, se não por palavras, mas sim por silêncio”, concluiu Éden.

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