PM investiga ação de militares após jornalista negociar com suspeito que mantinha refém em Salvador
Corporação reprovou procedimento de negociação
A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) investiga a ação dos agentes que atuaram durante uma situação com refém, no bairro de Tancredo Neves, em Salvador, no mês de dezembro. Isso porque a instituição considerou irregular o processo de negociação dos militares com o suspeito que contou com a participação de um jornalista.
“A investigação preliminar aponta que procedimentos padrões e técnicas específicas de negociação não foram adotados na condução da situação. Assim sendo, foi instaurado um processo Disciplinar Sumário com finalidade de apurar o ocorrido”, diz um trecho da nota.
Na ocasião, as negociações para a libertação da mulher refém foram feitas pelo jornalista Marcelo Castro, e não pelos policiais da 23ª Companhia Independente (CIPM), como deveria acontecer.
Antes mesmo de chegar no bairro, Marcelo Castro havia compartilhado imagens nas redes sociais e revelou que estava em chamada de vídeo com o suspeito. Em seguida, quando desembarcou no local, o jornalista começou as negociações com o homem, na porta do imóvel, e convenceu o suspeito a liberar a vítima e se entregar.
“Se você quiser se entregar, você vai segurar o microfone e vai até a viatura agora”, disse o jornalista.
O procedimento, por sua vez, foi reprovado pela corporação e pontuou que os processos que fogem a regra da instituição são submetidos a uma investigação.
“A Polícia Militar reforça seu compromisso com a disciplina e o cumprimento dos protocolos operacionais, assegurando que eventuais descumprimentos das normas serão investigados com transparência, visando preservar a confiança nas ações da instituição”.
A PM detalhou que foram apreendidas uma arma, duas granadas, munições, drogas e outros materiais com os suspeitos. Todos os itens foram encaminhados à Central de Flagrantes, junto aos detidos.
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