Pix: o sistema que revolucionou o Brasil já movimenta trilhões
Criado para modernizar o sistema financeiro nacional, o Pix superou todas as expectativas e se tornou o meio de pagamento mais usado no Brasil em apenas cinco anos.

Em 21 de dezembro de 2018, o Banco Central deu um passo histórico ao anunciar oficialmente as bases de um sistema que viria a transformar o mercado financeiro brasileiro: o Pix. Idealizado ainda em 2016 dentro da Agenda BC+, o projeto foi resultado de um trabalho colaborativo envolvendo mais de 130 especialistas de instituições financeiras, escritórios de advocacia, empresas de tecnologia e representantes do governo federal.
O conceito de pagamentos instantâneos começou a ganhar forma real em 2018 com a criação do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift) e, principalmente, com a instalação do Grupo de Trabalho de Pagamentos Instantâneos. Dividido em subgrupos temáticos — como segurança, velocidade das transações e integração entre instituições — o projeto foi consolidado meses antes da troca de governo.
O lançamento oficial do Pix ocorreu em 16 de novembro de 2020, após uma fase de testes iniciada no começo daquele mês. Em pouco tempo, a ferramenta passou a integrar o cotidiano financeiro de milhões de brasileiros. Com transferências instantâneas disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana e sem custos para pessoas físicas e microempreendedores individuais (exceto em casos de transações comerciais), o sistema rapidamente caiu no gosto popular.
O impacto é visível nos números: apenas em junho de 2025, o Pix movimentou R$ 2,866 trilhões, com mais de 900 instituições financeiras integradas ao sistema. Desde sua estreia, o volume total já ultrapassa R$ 65 trilhões, um crescimento exponencial em comparação aos R$ 25 bilhões movimentados no mês de lançamento.
Mesmo alvo de críticas internacionais, o Pix segue como referência global de inovação no setor financeiro. Criado com o propósito de democratizar o acesso a serviços bancários e aumentar a eficiência do sistema de pagamentos, o modelo brasileiro começa a inspirar iniciativas semelhantes em outros países.
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