PF deflagra operação contra esquema bilionário de desvio de recursos para combate à seca
PF cumpre 17 mandados de prisão preventiva, 43 mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (10), na Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás
A destinação fraudulenta de emendas parlamentares e a celebração de convênios para o combate à seca na Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, entrou na mira da Polícia Federal na manhã desta terça-feira, 10.
O grupo é suspeito de movimentar R$ R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos apenas neste ano.
“As investigações, que contaram com cooperação policial internacional por intermédio da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI), apontam que a organização criminosa teria direcionado recursos públicos de emendas parlamentares e convênios, por meio de superfaturamento em obras e desvio de recursos, para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais”, diz um trecho da nota divulgada pela PF.
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A operação, denominada de “Overclean”, acontece em conjunto com o Ministério Público Federal, a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União cumpre 17 mandados de prisão preventiva e 43 mandados de buscas e apreensão, sendo 26 deles no estado, que estende a Região Metropolitana até o centro-norte baiano.
Um dos edifícios, instalado em Salvador, que entrou na rota da operação trata-se do Empresarial Thomé de Souza, que pegou fogo na tarde de segunda, 9. Além dele, outros bairros também passam pela operação, são eles: Contorno e Pituba.
O esquema ilícito, de acordo com os agentes federais, teria atingido diretamente o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), principalmente na Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST- BA).
Durante a operação, foi determinado o sequestro de R$ 162.379.373,30, referentes ao valor obtido pela organização criminosa por meio dos crimes investigados, aeronaves, imóveis de alto padrão, barcos e veículos de luxo.
Também foi ordenado o afastamento de oito servidores públicos de suas funções. Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro.
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