Nikolas Ferreira pode perder mandato: Justiça aceita denúncia por fake news em MG

Deputado é acusado de espalhar desinformação sobre ex-prefeito Fuad Noman para influenciar eleições; pena pode incluir cassação e inelegibilidade por 8 anos

Justiça Política
Nikolas Ferreira pode perder mandato: Justiça aceita denúncia por fake news em MG
Foto: Reprodução/ YouTube/ Metropoles

A Justiça Eleitoral de Minas Gerais aceitou, nesta sexta-feira (25), a denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE-MG) contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e outros três integrantes do Partido Liberal por divulgação de fake news durante o processo eleitoral de 2024.

Além de Nikolas, são alvos da ação o deputado estadual Bruno Engler, a deputada estadual Delegada Sheila, e Cláudia Araújo Romualdo, presidente do PL-Mulher em Minas Gerais e então candidata a vice-prefeita na chapa de Engler.

A denúncia aponta que o grupo publicou vídeos nas redes sociais com informações distorcidas sobre o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), associando indevidamente seu livro de ficção, “Cobiça”, a temas como pedofilia e pornografia infantil. Segundo o MPE, os conteúdos foram criados com o objetivo de prejudicar a imagem de Noman e favorecer Bruno Engler nas eleições.

O juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, determinou que os acusados têm 10 dias para apresentar defesa. Em caso de condenação, os parlamentares podem ser cassados e ficar inelegíveis por até oito anos, além de serem obrigados a pagar indenizações.

Nikolas Ferreira, por sua vez, reagiu à denúncia em sua conta no X (antigo Twitter), dizendo ser alvo de perseguição política por “denunciar um livro pornográfico do antigo prefeito”. O parlamentar alegou que não cometeu crimes como rachadinha ou corrupção e se disse perseguido por ser de direita.

O Ministério Público, por outro lado, afirmou que Nikolas agiu de forma leviana ao relacionar uma obra de ficção a eventos reais, caracterizando a atuação como difamatória e enganosa. O órgão também destacou que o deputado descumpriu uma ordem judicial de outubro de 2024 para retirar os conteúdos do ar, optando por repostar o material e debochar da decisão judicial.

Com essa decisão da Justiça Eleitoral, o caso agora entra em fase de defesa e pode se tornar um dos mais emblemáticos sobre fake news e abuso de poder político nas redes sociais no Brasil.

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