“Não vejo hipótese de anistia”, diz Lídice sobre envolvidos em tentativa de golpe de Estado

“Não vejo hipótese de anistia”, diz Lídice sobre envolvidos em tentativa de golpe de Estado
Foto: Sou da Bahia

A deputada federal Lídice da Mata (PSB) afirmou nesta sexta-feira (22) que não consegue vislumbrar a possibilidade de concessão de anistia para os militantes de extrema direita que se envolveram em atos golpistas entre 2022 e 2023. A parlamentar lamentou os fatos revelados pela Polícia Federal (PF) nesta semana, dentre os quais havia um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Essa movimentação foi entendida pela PF como uma tentativa de golpe de Estado e resultou  no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas, sendo a maioria militares.

“Não vejo nenhuma hipótese de anistia. Inclusive, já assinei uma solicitação de extinção, de devolução de um PL de anistia existente na Câmara dos Deputados. Não é possível falar nisso agora, num momento em que o Brasil se surpreende lamentavelmente [com os planos golpistas revelados pela Polícia Federal]”, afirmou Lídice.

“Fomos surpreendidos com essa notícia ruim, tão decepcionante para os brasileiros, que foi ver militares, das forças que deveriam estar defendendo a soberania do nosso país, envolvidos em golpes contra o presidente da República, contra ministros da Suprema Corte, contra o vice-presidente da República. É inacreditável”, acrescentou a parlamentar.

Lídice ainda cutucou a direita brasileira, por sua idolatria em relação aos Estados Unidos. Segundo ela, matar presidentes da República seria uma tradição norte-americana, que está sendo copiada pelos bolsonaristas no Brasil.

“O Brasil não tem essa tradição. Isso é uma imitação mal feita dos Estados Unidos. Porque quem tem tradição, no mundo, de matar presidente da República não é o Brasil. É uma tradição infeliz, nefasta, para história e para a vida dos Estados Unidos. Esse povo imita tanto os Estados Unidos e termina imitando aquilo que menos presta”, finalizou.

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