Mutirão de regulação agiliza transferências na saúde da Bahia
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A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) realizou, neste sábado (22), mais um mutirão de regulação para acelerar a transferência de pacientes, especialmente nas áreas de oncologia, neurocirurgia e cirurgia vascular. A ação mobilizou médicos reguladores, gestores e diretores hospitalares, permitindo que, até o meio-dia, 396 pacientes fossem encaminhados para unidades de referência.
Desde o início de 2025, a Central Estadual de Regulação já solucionou mais de 42 mil casos em toda a Bahia. Do total de solicitações, 50% foram atendidas em até 24 horas e 88% em até 72 horas. Hospitais como Roberto Santos, Clériston Andrade, Geral do Estado e do Subúrbio estão entre os principais destinos dos pacientes regulados.
A secretária estadual da Saúde, Roberta Santana, destacou os avanços na assistência hospitalar, ressaltando a ampliação de leitos e investimentos na rede municipal. “Nosso objetivo é garantir atendimento rápido e eficiente. Nos últimos dois anos, abrimos mais de 3 mil leitos e reforçamos a rede de urgência com a entrega de equipamentos e mais de 500 ambulâncias”, afirmou.
Além disso, o governo baiano anunciou um investimento de R$ 2 bilhões para a construção de unidades de saúde, como postos de atendimento, centros de reabilitação e maternidades. Também foi publicada uma portaria de cofinanciamento para os municípios, reforçando ações preventivas para reduzir casos graves de doenças como diabetes e hipertensão.
A Central Estadual de Regulação funciona 24 horas por dia, com 220 médicos e 190 auxiliares, que coordenam transferências e priorizam casos conforme a gravidade. Esse esforço contínuo garante que os pacientes sejam encaminhados para as unidades mais adequadas ao seu tratamento.
A diretora-geral do Hospital Geral Roberto Santos, Lucrécia Savernini, destacou a importância do mutirão para dar mais celeridade às transferências. “Já regulamos 41 pacientes nesta manhã. A união de especialistas para analisar casos complexos faz toda a diferença para a resolutividade da regulação”, afirmou.
Casos mais críticos, como neurocirurgia e pacientes idosos com múltiplas comorbidades, podem demandar um tempo maior de permanência antes da transferência. No entanto, a agilidade do processo tem sido um diferencial, garantindo um tempo médio de resposta inferior a 72 horas para a maioria das solicitações.
A médica Mônica Hupsel, superintendente de Gestão dos Sistemas de Regulação, ressaltou que o mutirão aprimora continuamente o fluxo regulatório. “Estamos tornando o sistema cada vez mais ágil e eficiente. Com o apoio do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, garantimos que os pacientes sejam transferidos o mais rápido possível”, concluiu.
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