Morre Arlindo Cruz, lenda do samba

Ícone do Fundo de Quintal, Arlindo Cruz faleceu após complicações de saúde causadas por um AVC sofrido em 2017

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Morre Arlindo Cruz, lenda do samba
Reprodução/Instagram

O Brasil se despede nesta sexta-feira (8) de um dos maiores nomes da música popular brasileira: Arlindo Cruz. O cantor, compositor e multi-instrumentista morreu aos 66 anos, após complicações de saúde decorrentes de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido em 2017. A notícia foi recebida com grande comoção entre artistas, fãs e integrantes da cena do samba.

Nascido em 14 de setembro de 1956, no bairro de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, Arlindo Domingos da Cruz Filho teve contato com a música desde muito cedo. Aos 7 anos, ganhou o primeiro cavaquinho e, ainda jovem, passou a acompanhar grandes nomes do samba, como Candeia. Chegou a ingressar na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, mas sua paixão pela música falou mais alto.

Foi nas rodas de samba do Cacique de Ramos que Arlindo Cruz consolidou sua trajetória. Ali, integrou um grupo lendário ao lado de Beth Carvalho, Jorge Aragão, Almir Guineto, Sombrinha e Zeca Pagodinho. Com o Fundo de Quintal, deu uma nova roupagem ao samba, mesclando a tradição com elementos modernos, mas mantendo a alma do gênero viva.

Após 12 anos no grupo, Arlindo iniciou sua carreira solo em 1993. Escreveu mais de 700 músicas, entre elas os sucessos Meu Lugar, O Show Tem Que Continuar e Bagaço de Laranja, eternizados nas vozes de ícones como Alcione, Beth Carvalho e Zeca Pagodinho.

Além da música, Arlindo Cruz era presença constante nas quadras das escolas de samba, principalmente no Império Serrano. Era devoto do candomblé, defensor da fé e da liberdade religiosa, e lutava ativamente contra a intolerância. Torcedor apaixonado do Flamengo, era figura querida nos palcos, nos terreiros e nas arquibancadas.

Seu legado vai além da melodia. Arlindo Cruz representou, como poucos, a alma do povo brasileiro — com letras que falam de amor, fé, resistência e cotidiano. A partida do artista deixa uma lacuna irreparável na cultura popular do país.

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