Minifábrica de chocolate encanta visitantes no Chocolat Festival Bahia
Estudantes da rede estadual mostram, em Ilhéus, como transformar cacau em chocolate com sabor, história e técnica, diretamente das escolas do campo.

A magia do chocolate com origem na educação pública está entre os grandes destaques do Chocolat Festival Bahia 2025, que acontece até este domingo (20), no Centro de Convenções de Ilhéus. A rede estadual de ensino da Bahia, por meio da Secretaria da Educação (SEC), participa com a minifábrica de chocolate do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) do Chocolate Nelson Schaun, também localizado no município.
O espaço atrai visitantes com uma verdadeira imersão no processo tree to bar — do cacau à barra de chocolate. Instalado em um cenário que remete ao ambiente rural, o estande conta com barcaça de secagem, frutos e mudas do cacau cabruca. É ali que o público pode acompanhar de perto todas as etapas da fabricação do chocolate, desde a torra dos nibs até os processos de melanger, temperagem e finalização do produto em barras com teores de cacau entre 45% e 70%.
“Aqui mostramos o sistema cabruca, desde a plantação até o produto final. Para os nossos alunos, é uma vivência única, que reforça o valor da profissão e o vínculo com a história do cacau na região, eternizada por Jorge Amado”, explica Alexandra Bueno, professora e coordenadora do curso de Agroindústria do CEEP Nelson Schaun.
A participação envolve cerca de 30 estudantes, que atuam orientados por seus professores. Para Fernanda Vitória, aluna da unidade, “participar do festival é uma oportunidade de aprender com profissionais do setor e aplicar na prática o que estudamos em sala de aula”.
Já o estudante Artur Douglas, estreante no evento, conta que a experiência é inspiradora. “Quero seguir na área, entrar na universidade e me tornar um grande profissional do chocolate”, afirma.
Além da minifábrica, a SEC instalou o estande “Espaço das Escolas Fábricas do Chocolate”, reunindo produções dos CEEPs de Arataca, Gandu, Ipiaú e Ilhéus. No local, o público conhece chocolates artesanais e outros derivados do cacau produzidos pelos estudantes, em um modelo pedagógico que alia conhecimento técnico, valorização cultural e geração de oportunidades.
Para a estudante Iza Costa, do CEEP Milton Santos, de Arataca, participar do festival representa mais do que uma vitrine. “É uma chance de nos prepararmos para o mercado, mostrando um trabalho feito com orgulho e muito potencial de futuro”, diz.
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