Metrô do Campo Grande pode ser licitado no próximo mês; Jerônimo aguarda verba federal

Por Gabriela Araújo e Lula Bonfim
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou, na manhã desta segunda-feira (9), que espera lançar no próximo mês de janeiro, início de 2025, a licitação para a construção da nova estação de metrô do Campo Grande, no Centro de Salvador. A declaração ocorreu durante a cerimônia de inauguração do novo Complexo Policial do Ogunjá.
De acordo com Jerônimo, a ideia inicial era realizar um termo aditivo com a CCR Metrô Bahia, atual concessionária do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL), para que ela pudesse construir a nova estação. Mas as conversas acabaram encontrando um impedimento jurídico e, por isso, o novo plano é tocar uma obra pública.
“Está no meu programa de governo a ampliação do metrô até o Campo Grande. Tem delicadezas. Conversamos com a CCR para que ela pudesse fazer a obra, inclusive com recursos federais, mas encontramos empecilhos jurídicos e dificuldades de prazos. Voltamos a conversar com a possibilidade de ser uma obra pública e depois a concessão, para que a CCR explore e bote no pacote de gestão de todo o metrô”, revelou o governador.
Jerônimo também contou que falta pouco para que a licitação seja lançada e deixou claro que o governo da Bahia espera apenas a liberação dos recursos da União, que deverão vir da Caixa Econômica Federal.
“Nós estamos no último detalhe, para a gente poder licitar. Estamos realmente conversando com a Caixa Econômica, porque tem recursos federais. Eu espero que em janeiro dê certo. Depende da Caixa. Fechando isso, para a gente poder garantir a publicação da licitação”, disse Jerônimo.
No total, o governo federal deverá investir R$ 1,5 bilhão na Estação do Campo Grande, através de recursos aprovados no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), feito sob o comando de Rui Costa (PT), ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia.
Na última sexta-feira (6), Rui e Jerônimo se reuniram em Salvador para tratar do tema. No encontro, dois debateram o projeto e conversaram sobre as soluções possíveis para o início das obras.
“Nós ouvimos o ministro Rui Costa, para ver se tinha alguma possibilidade de, em recurso federal, a gente poder ter uma ação da CCR. Ele já disse que fica muito difícil. Além do CCR nos dizer — eu me reuni com a CCR na semana passada — que eles também têm dificuldade de lançar em prazo hábil. Então, eu apertei a minha equipe, para que a gente possa agilizar o projeto com a Caixa e a gente poder publicar a licitação”, explicou Jerônimo.
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