Operação contra tráfico de arma envolvendo BDM prende capitão da PM

Ofensiva contra o topo da hierarquia criminosa: Mais de 90 mandados cumpridos e o foco no desmantelamento financeiro

Polícia
Operação contra tráfico de arma envolvendo BDM prende capitão da PM
Imagens: Tony Silva e Filipe Conceiçã

Uma ação de inteligência e força policial de proporções inéditas foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (11), mirando o topo da hierarquia do crime organizado no Brasil. Conhecida como Megaoperação Zimmer, a ofensiva foi coordenada pela Polícia Civil da Bahia, por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC), e se estendeu por seis estados: Bahia, Sergipe, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco.

O foco principal da Megaoperação Zimmer Bahia é desarticular a cadeia de comando e neutralizar a atuação de uma complexa associação criminosa interestadual. O grupo é responsável por uma vasta gama de delitos, incluindo o tráfico de drogas, crimes violentos letais intencionais (CVLIs), crimes patrimoniais, lavagem de dinheiro e disputas territoriais que geram violência.

Golpe Milionário no Núcleo de Finanças

Para garantir que a atuação do grupo criminoso fosse completamente neutralizada, a Justiça, a pedido do DEIC, determinou um golpe contundente no seu poderio econômico. Foi solicitado e autorizado o bloqueio de mais de R$ 100 milhões, além do sequestro de bens dos investigados. Essa medida visa estrangular os núcleos de finanças e logística que sustentam a facção.

As investigações demonstraram que o grupo criminoso tinha uma estrutura sofisticada, responsável não apenas pelo abastecimento e preparação de entorpecentes, mas também pela utilização de pessoas físicas e jurídicas para dissimular a origem ilícita dos valores movimentados.

Prisão de Capitão da PM e 400 Policiais Envolvidos

A Megaoperação Zimmer mobilizou um efetivo impressionante de cerca de 400 policiais, incluindo equipes da Polícia Militar (PM-BA), Polícia Federal (PF) e do Departamento de Polícia Técnica (DPT). Foram cumpridos mais de 90 mandados judiciais contra os principais responsáveis pelos núcleos operacional, de logística e de finanças do grupo.

Somente na Bahia, a operação cumpriu 48 mandados de prisão e 49 de busca e apreensão. A ação atingiu bairros estratégicos em Salvador, como Sussuarana e Graça, e as localidades de Jauá e Arembepe, em Camaçari.

Um dos alvos de maior repercussão em Salvador foi a prisão do Capitão da Polícia Militar da Bahia, Mauro das Neves Grunfeld, no bairro da Graça. O oficial, que já tinha antecedentes criminais e havia sido preso em julho de 2024, estava em liberdade condicional, mas seguia sob investigação por seu envolvimento em um esquema de tráfico de armas destinado a facções.

Integração das Forças de Segurança

A complexidade da operação exigiu uma vasta integração entre as forças de segurança. A Polícia Civil contou com o apoio de diversos departamentos, como DIP, Denarc, DHPP, Depom, Depin, DPMCV, e as Coordenações de Operações e Recursos Especiais (Core). O sucesso da ofensiva interestadual também se deve ao apoio fundamental da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SI/SSP-BA), do DPT, Polícia Militar, Polícia Federal e da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap). A Megaoperação Zimmer representa um marco na luta contra o crime organizado no Nordeste e no país.

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