Megaoperação desmantela quadrilha ligada a facção e crimes milionários
Operação Krampus mira organização criminosa com atuação interestadual e prejuízo de R$ 13 milhões

A Operação Krampus, deflagrada nesta terça-feira (17), mira uma organização criminosa especializada em crimes contra instituições financeiras, com foco em ataques à Caixa Econômica Federal. A ação conjunta da Polícia Federal, MPF, SSP-BA, FICCO Bahia, Polícia Militar e setor de segurança da Caixa busca desarticular uma quadrilha ligada a uma facção paulista.
As investigações identificaram três ataques estratégicos em Salvador: em maio de 2023, outubro e dezembro de 2024, com arrombamentos de agências e restrição da liberdade de funcionários. O grupo agia em horários de baixa movimentação e com envolvimento de ao menos um ex-vigilante da empresa prestadora de serviços de segurança da Caixa.
Durante a megaoperação, foram expedidos:
- 10 mandados de prisão preventiva
- 15 mandados de busca e apreensão
- Bloqueio de R$ 13 milhões em bens, valores e direitos
- Suspensão das atividades de uma empresa de fachada
As ações ocorreram em Salvador, Lauro de Freitas, São Paulo, Santo André, Cotia e Barueri.
Além dos crimes patrimoniais, os investigados são suspeitos de lavagem de dinheiro por meio de empresas e laranjas. A PF revelou um esquema sofisticado de dissimulação de recursos ilícitos e uso de capital social inflado para justificar movimentações financeiras.
O nome da operação, Krampus, faz alusão ao último crime ocorrido no dia 25 de dezembro. Na tradição europeia, Krampus é o oposto do Papai Noel — em vez de presentear, pune os malcomportados, simbolizando o impacto destrutivo da quadrilha durante o Natal.
A operação segue em andamento, e os investigados podem responder por crimes cujas penas somadas ultrapassam 100 anos de reclusão.
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