Marta Rodrigues critica suspensão de lei que prevê vagão exclusivo para mulheres no metrô de Salvador

Vereadora afirma que projeto tem respaldo jurídico, apoio popular e institucional, e nasceu da escuta das mulheres de Salvador

Política
Marta Rodrigues critica suspensão de lei que prevê vagão exclusivo para mulheres no metrô de Salvador

A vereadora Marta Rodrigues (PT) lamentou a decisão liminar da Justiça que suspende temporariamente a implantação do vagão exclusivo para mulheres no metrô de Salvador — medida prevista em uma lei de sua autoria, já sancionada pelo prefeito Bruno Reis.

Segundo a parlamentar, a suspensão representa um possível retrocesso em políticas públicas de proteção às mulheres, especialmente porque a proposta nasceu do diálogo com movimentos feministas e da escuta da população da capital baiana.

Marta criticou a Associação Nacional de Transporte de Passageiros Sobre Trilhos (ANPTrilhos) — autora do pedido de suspensão — e rebateu o argumento de inconstitucionalidade usado pela entidade. “Esse argumento é completamente equivocado. O Município tem prerrogativa para legislar sobre o funcionamento de serviços em seu território. Além disso, o projeto conta com o apoio do Governo da Bahia, da CCR Metrô Bahia e da SEDUR”, afirmou.

Ela também questionou o fato de a associação ter sede em Brasília, cidade que já adota vagões exclusivos para mulheres. “É uma entidade de fora, que não conhece a realidade de Salvador, tentando barrar um projeto construído com os movimentos de mulheres daqui. Isso demonstra total desconexão com a vida cotidiana da população soteropolitana”, disparou.

A vereadora disse estar confiante na reversão da liminar, após análise mais aprofundada da proposta. “O projeto é legítimo, necessário e juridicamente respaldado. Foi construído de forma democrática e visa garantir mais segurança e dignidade às mulheres, sobretudo diante da alta incidência de casos de assédio no transporte público”, ressaltou.

Desde a sanção da lei, Marta vem articulando com os órgãos envolvidos a melhor forma de executar o projeto. O prazo de 30 dias inicialmente previsto para a implantação foi prorrogado por decisão consensual, a fim de permitir treinamentos, adequações operacionais e comunicação visual.

“Seguiremos firmes na defesa dessa conquista, que representa um avanço civilizatório. É inaceitável que uma medida tão importante para a vida das mulheres seja suspensa por argumentos frágeis. Nossa luta é por respeito, segurança e igualdade no transporte público”, concluiu.

Comentários:

Ao enviar esse comentário você concorda com nossa Política de Privacidade.

Logo Sou da Bahia
Resumo das Políticas

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.