Marta Rodrigues acusa Bruno Reis de penalizar a população com aumentos em taxas e tarifas em Salvador

Política Salvador
Marta Rodrigues acusa Bruno Reis de penalizar a população com aumentos em taxas e tarifas em Salvador
Foto: Divulgação

A vereadora Marta Rodrigues (PT) criticou, nesta terça-feira (4), a política econômica adotada pela Prefeitura de Salvador no início de 2025, afirmando que as recentes medidas pesam no bolso da população mais pobre enquanto beneficiam aqueles com maior poder aquisitivo.

Entre os pontos que motivaram a crítica, Marta destacou o aumento da taxa de lixo em até 50%, que, segundo ela, foi feito de maneira “sorrateira” e sem embasamento legal. Além disso, apontou o reajuste de R$ 0,40 na tarifa de ônibus, sem melhorias no serviço, e o aumento expressivo na passagem do Elevador Lacerda, que subiu de R$ 0,15 para R$ 1, representando um reajuste de 560%.

“O prefeito impôs uma série de medidas prejudiciais logo após as eleições, desrespeitando os compromissos assumidos durante a campanha. Essa prática já é conhecida na gestão municipal, mas neste início de ano, ele se superou, demonstrando total insensibilidade com a população”, declarou a vereadora.

Marta cobrou transparência da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) e da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), exigindo que apresentem à Câmara as justificativas para os aumentos do IPTU, da taxa de lixo e das tarifas de transporte.

“As decisões são tomadas sem diálogo com a Câmara, porque o prefeito não respeita ninguém, nem sua própria base. Depois do reajuste abusivo na passagem de ônibus, veio o aumento no Elevador Lacerda, que sempre foi um meio acessível para milhares de trabalhadores. Ele diz que usuários do Salvador Card estarão isentos, mas e quem não tem? Vai pagar R$ 1? Quem realmente se beneficia desse modelo? A empresa do Salvador Card?”, questionou.

Sobre a taxa de lixo, a vereadora destacou que a prefeitura baseou o reajuste em um dispositivo incluído na Lei Nº 9.823/2024, o que, segundo ela, pode ser contestado juridicamente. Além disso, apontou que o aumento afeta principalmente imóveis de menor valor, penalizando as famílias com menos recursos.

“O executivo não está sendo transparente nem com a população nem com a Câmara. Enquanto gasta milhões com iluminação natalina e um réveillon fracassado, transfere a conta para o povo. O próprio decreto municipal (38.610/24) limita o aumento da TRSD ao IPCA anual, que foi de 4,87%, mas muitos contribuintes estão pagando até 50% a mais. É um absurdo”, criticou.

A vereadora informou que a bancada de oposição está analisando as medidas cabíveis diante dos aumentos. “O artigo 5º da Lei 9.823/24 não justifica um reajuste tão alto. Iniciamos 2025 com grandes desafios para enfrentar essas desigualdades dentro do Legislativo. O que estamos vendo é um prefeito obstinado em encarecer serviços básicos e enfraquecer políticas públicas de equidade e direitos. A quem interessa tudo isso?”, finalizou.

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