Marcha 8M mobiliza mulheres em Salvador por igualdade e fim da violência de gênero

Ato reuniu centenas de ativistas e reforçou a luta pelo fim do feminicídio e pelo direito das mulheres a uma vida livre de medo.

Bahia
Marcha 8M mobiliza mulheres em Salvador por igualdade e fim da violência de gênero
Fotos: Matheus Landim/GOVBA

No Dia Internacional da Mulher, a Marcha 8M tomou as ruas de Salvador, reunindo centenas de mulheres em uma caminhada entre o Morro do Cristo e o Farol da Barra, na tarde deste sábado (8). O ato foi organizado por sindicatos e pela CUT Bahia, com o apoio da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi) e da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades).

A titular da Sepromi, Ângela Guimarães, destacou a importância do compromisso do Estado com a igualdade de gênero. “Essa é uma data liderada mundialmente pelos movimentos de mulheres, refletindo sobre a nossa batalha por igualdade, acesso a todos os espaços e uma vida livre de violência. O Estado tem entregas potentes nessa direção e apoia essas vozes nas ruas”, afirmou.

Para a psicóloga Íris Paiva, que participou da marcha pela primeira vez, o evento foi uma oportunidade de debater equidade no mercado de trabalho. “A gente percebe o preconceito: é mulher, não pode. Tem a questão da idade, da dificuldade de se encaixar nos espaços profissionais. Estou aqui para representar a minha categoria e ser a mulher que eu sou”, relatou.

Com o tema “Mulheres vivas, livres e sem medo”, a Marcha 8M contou com a presença de movimentos sociais como o Movimento Negro Unificado (MNU) e a Marcha Mundial das Mulheres, além da organização TamoJuntas, fundada por Laina Crisóstomo, que há mais de 10 anos atua na assistência jurídica de mulheres vítimas de violência. “A marcha é esse espaço onde mulheres ocupam as ruas e lutam por seus direitos. Ainda precisamos dizer para os homens que, se um relacionamento termina, não podem matar a mulher. Estamos aqui pelas próximas gerações”, enfatizou.

O evento integrou a programação da Bahia para o Dia Internacional da Mulher, reconhecido pela ONU em 1975. A data simboliza a luta histórica por direitos sociais, melhores condições de trabalho e igualdade de oportunidades, além do combate ao machismo e à violência de gênero.

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