Marcelino Galo aponta falhas em gestão ambiental de Salvador

“Onde estão as árvores que juram ter plantado em Salvador?” — foi assim que o deputado estadual Marcelino Galo (PT) resumiu, em uma frase, o que ele classificou como uma farsa ambiental na capital baiana. Segundo o parlamentar, os casos se acumulam e a Prefeitura não deu qualquer explicação recente sobre o caso.
Galo citou como exemplo o episódio mais recente, que envolve o indiciamento da concessionária do Aterro Metropolitano Centro por crime ambiental. Mesmo diante da investigação, afirmou, a Prefeitura renovou por mais 20 um contrato bilionário com a empresa.
Na avaliação de Marcelino Galo, esses episódios não são fatos isolados, mas parte de um padrão em que contratos milionários sob suspeita se sobrepõem ao interesse público. Ele lembrou que, em nível nacional, o governo Bolsonaro ficou marcado por abusos ambientais.
O parlamentar ressaltou que foi durante a gestão Bolsonaro que o então ministro Ricardo Salles cunhou a frase “passar a boiada”, símbolo da devastação acelerada, do desmonte das políticas de proteção e da conivência com o desmatamento ilegal. Segundo ele, o Brasil assistiu ao aumento das queimadas, à explosão do garimpo ilegal e à fragilização dos órgãos de fiscalização.
Para Galo, ao se alinhar a esse projeto, Bruno Reis e ACM Neto reproduzem em Salvador a mesma lógica bolsonarista: negligenciam a preservação ambiental, favorecem grupos privados e tratam a natureza como obstáculo ao lucro. Na prática, segundo ele, constroem uma Salvador cinza, sufocada pelo concreto, que renega sua paisagem e ignora a emergência climática.
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