“O mundo está pior”, diz Lula na abertura do G20

Lula considerou como "inadmissível" os gastos trilionários com as guerras

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“O mundo está pior”, diz Lula na abertura do G20
Foto: Reprodução/YouTube

O presidente Lula (PT) abriu a cúpula do G20, que acontece no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, 18. Antes do início da reunião, o petista recepcionou os chefes de estado. 

“Aproveitem essa cidade, conhecida como Cidade Maravilhosa. Esta cidade é a síntese dos contratos que caracterizam o Brasil, a América Latina e o mundo. De um lado, a beleza da natureza. Um povo diverso, vibrante, criativo e acolhedor. De outro, injustiças sociais profundas. Retrato vivo de injustiças históricas e persistentes”, disse o presidente. 

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Na primeira atividade, iniciada às 10h, o grupo tratou sobre a inclusão social e da luta contra as desigualdades, dando destaque para o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. 

Neste momento, o mandatário brasileiro, por sua vez, endureceu o tom ao falar sobre as guerras e a fome no mundo. “O mundo está pior. Temos o maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial. Os fenômenos climáticos extremos mostram seus efeitos devastadores em todos os cantos do planeta”, afirmou.

“Em um mundo que produz quase 100 bilhões de toneladas de alimentos por ano, isso é inadmissível. Em que os gastos de guerra ultrapassam trilhões, é inaceitável. A fome, como dizia Josué de Castro, é expressão biológica dos males sociais, é fruto de decisões políticas. O G20 representa 85% do PIB mundial”, ressaltou.

Esse é o último ato do Brasil à frente da liderança rotativa do bloco, que passará a ser presidido pela África do Sul. O esforço tem dezenas de países e instituições signatárias e será continuado pelo grupo, mesmo após o fim da gestão país à frente da cúpula.

Em discurso, Lula também firmou uma “aliança global contra a fome e a pobreza”.

“Com a aliança, vamos articular alianças internacionais, políticas públicas e fontes de financiamento. O Brasil sabe que é possível. Até 2026, novamente sairemos do mapa da fome e, com a aliança, faremos muito mais. Aqueles que sempre foram invisíveis estarão no centro da agenda internacional”, disse.

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