Lula condena ataques de Israel à Gaza e expansão de assentamentos, chamando conflito de genocídio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se manifestar neste domingo (1º) contra a violência em Gaza e a expansão de assentamentos israelenses nos territórios palestinos. Durante seu discurso no encerramento da convenção nacional do PSB, que elegeu João Campos, prefeito de Recife (PE), como novo presidente da sigla, Lula não poupou críticas ao governo de Israel, classificando o que está acontecendo na região como um “genocídio” e reafirmando sua posição contra a guerra.
“Nem o povo de Israel quer essa guerra,” declarou Lula, referindo-se aos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza. Segundo o presidente, o conflito não reflete o desejo do povo judeu, que, na visão de Lula, é contrário à violência. “A maioria do povo judeu não concorda com essa guerra. O povo de Israel não quer essa guerra,” destacou, explicando que o governo israelense busca vingança, não apenas contra o Hamas, mas contra a possibilidade de se criar um Estado Palestino.
Lula seguiu com sua crítica, afirmando que a verdadeira intenção por trás da violência é a dominação do território de Gaza: “O que existe na verdade é a ideia de assumir a responsabilidade e ser dono do território de Gaza.” O presidente também condenou a ação militar de Israel, apontando a morte de mulheres e crianças indefesas na região: “Isso não é uma guerra, é um genocídio.”
Além de seu pronunciamento pessoal, Lula leu uma nota do Ministério das Relações Exteriores que foi divulgada no início do dia, reiterando a posição do governo brasileiro contra a aprovação de novos assentamentos israelenses na Cisjordânia. “O governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, o anúncio pelo governo israelense, realizado no dia 29 de maio, da aprovação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia,” afirmou o texto.
A nota também sublinhou a ilegalidade da presença israelense na Palestina, citando a decisão da Corte Internacional de Justiça de julho de 2024, que considerou ilegítima a ocupação contínua de território palestino por Israel. “Essa decisão constitui flagrante ilegalidade perante o direito internacional,” destaca o documento.
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