Livro infantil que aborda bullying e sexualidade teve pré-lançamento na Livraria do Glauber

Um lugar mágico e receptivo a todas as formas de amor. Essa é uma das definições que o pesquisador e escritor Nilton Milanez atribui à Livraria do Glauber, local que escolheu para o pré-lançamento do seu primeiro livro infantil. Ravi, o ursinho arco-íris foi apresentado ao público no último dia 12, Dia das Crianças.

“Vivemos uma pequena festa com a presença do Urso Ravi, figura central desse encontro, que posou para fotos e reafirmou com sua doçura a pluralidade do entrosamento entre as pessoas, o livro e o diálogo”, celebra o autor.

Ravi, o ursinho arco-íris terá novo encontro com leitores na Feira Literária de Cachoeira (FLICA), no próximo dia 19 de outubro, no movimento Ocupa Cachoeira Literário, às 14h. O livro conta a história de um urso filhote muito singular, que tem a pata colorida e declara que o animal que ele mais gosta na escola é o Pinguim Tristan. Após expressar o que passa em seu coração doce, os colegas praticam bullying com os dois, chamando-os de “gays”.

“Este livro explica sobre o sentido das palavras e as relações que elas estabelecem com as pessoas. Alerta sobre o bullying na escola e apresenta soluções de como enfrentar essa situação, incluindo a colaboração dos pais e a intervenção dos educadores”, detalha o autor que defende a necessidade da participação da família e da escola neste processo de educação contra a homofobia.

A obra promove uma experiência multilinguagens, já que a história tem versões de animação em audiovisual em português, inglês e espanhol. O autor, que é pesquisador da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), tem dois livros sobre a temática – Audiovisualidades em mim: autoanálise foucaultiana, criança viada e corpo na Ditadura e Pavor de viver: contos gaysex – destinados ao público adulto. O tema é tão sensível quanto necessário. Há pouco mais de uma dezena de livros que abordam questões LGBTQIAPN+ para o público infantil.

“Ser gay é uma forma de amor que escapa a um modelo binário, com uma norma heterossexual, que dita regras e conceitos, impondo uma única maneira de as pessoas se relacionarem. Isso ultrapassa a questão biológica, dos órgãos sexuais, que determina quem é homem ou mulher. O gênero, ser homem ou mulher, é uma construção social”, conclui o escritor. Para adquirir o livro, acesse o site.