João Roma critica indiciamento de Bolsonaro e acusa perseguição judicial

Ex-ministro da Cidadania vê ação de Alexandre de Moraes como motivada por passionalismo e descreve irregularidades no processo contra Bolsonaro

Brasil Política
João Roma critica indiciamento de Bolsonaro e acusa perseguição judicial

O presidente do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, se pronunciou nesta segunda-feira (25) sobre o indiciamento feito pela Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é acusado de tentativa de golpe de Estado. Roma criticou o que considera uma perseguição orquestrada contra Bolsonaro, ressaltando que a situação tem sido conduzida de maneira parcial, especialmente pelo ministro Alexandre de Moraes.

“É revoltante o grau de perseguição contra o presidente Bolsonaro. O comportamento do ministro Alexandre de Moraes parece ser movido por um passionalismo de querer punir Bolsonaro. Ele age de forma tão intensa que desrespeita todo o processo legal”, afirmou João Roma em entrevista à Rádio A Tarde FM.

O ex-ministro também criticou o Supremo Tribunal Federal, liderado por Moraes, alegando que o tribunal tem adotado medidas excessivas e desproporcionais, enfraquecendo a execução das leis no Brasil. “O que queremos é segurança jurídica, mas o que estamos vendo é exatamente o contrário: duas medidas diferentes para situações semelhantes. Até um veículo como o Estadão aponta que Alexandre de Moraes não pode ser ao mesmo tempo vítima e responsável pelas decisões processuais”, disse Roma.

Em relação ao suposto plano de atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roma fez uma comparação com o atentado real sofrido por Bolsonaro. “No caso do atentado que realmente ocorreu contra Bolsonaro, não houve a investigação adequada. Já no caso do suposto plano contra Lula, a Polícia Federal age de maneira opaca, sem nenhuma transparência, criando uma narrativa pré-definida”, afirmou.

João Roma ainda destacou o comportamento de Moraes nas oitivas, comparando-o a um estilo medieval. “O tenente coronel Cid foi colocado em uma sala, deu seu depoimento e o juiz, que deveria ouvi-lo, disse: ‘não é isso, nós já sabemos como é’. Parece que ele queria apenas que Cid confirmasse uma narrativa já criada, sem espaço para a defesa. Esse não é o papel de um juiz”, opinou Roma.

Por fim, Roma apontou que os mesmos atores que invalidaram a Operação Lava Jato são os responsáveis pelas irregularidades nos processos atuais. “Se a Lava Jato, que foi conduzida pela Justiça Federal no Paraná, foi praticamente anulada, o que está acontecendo agora é ainda mais grave, pois as nulidades processuais estão em níveis máximos, envolvendo a instância mais alta do judiciário”, concluiu.

Comentários:

  1. Kkkkkkk

    Marluce de Carvalho Dias em 25/11/2024
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