Jerônimo Rodrigues destaca importância histórica da independência e alerta sobre soberania do Brasil

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), participou neste domingo (7) do tradicional desfile cívico do 7 de Setembro, realizado no Campo Grande, em Salvador. Durante a solenidade, o chefe do Executivo estadual destacou a relevância da data que marca a Declaração da Independência do Brasil, proclamada em 1822, e reforçou a importância da preservação da memória histórica para as futuras gerações.

Segundo Jerônimo, o momento é de reflexão e valorização de todos que contribuíram para a conquista da independência. “Falo como baiano e brasileiro que sempre valorizou esse tipo de desfile. Minha trajetória escolar e como escoteiro me permitiu participar de várias atividades desse formato, que homenageia homens e mulheres que deram sua vida pela soberania do país”, afirmou.

O governador destacou ainda que a narrativa oficial, muitas vezes, invisibilizou personagens fundamentais no processo de emancipação política do Brasil. “A história brasileira tradicionalmente coloca em evidência apenas nomes escolhidos pela elite. No entanto, muitos outros protagonistas populares tiveram papel essencial nesse movimento e precisam ser lembrados”, reforçou.

Referência ao Grito dos Excluídos

Durante seu discurso, Jerônimo Rodrigues também fez menção ao Grito dos Excluídos, manifestação popular que acontece no mesmo dia em diversas cidades brasileiras. O ato é marcado por reivindicações sociais e pela defesa de uma inclusão maior dos trabalhadores, negros, indígenas e camadas marginalizadas na história oficial do país.

“Em outros momentos, já participei do Grito dos Excluídos, que tem como objetivo justamente dar visibilidade a essas vozes silenciadas. Essa luta pela memória e pela justiça histórica é parte da construção de um Brasil mais democrático e soberano”, disse o governador.

Paz, memória e soberania nacional

Jerônimo Rodrigues ressaltou que a comemoração da Independência deve ser também um momento de reforçar o compromisso do Brasil com a paz e a soberania. Ele defendeu que o país mantenha sua autonomia em relação às potências internacionais e citou como exemplo as recentes divergências diplomáticas envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente norte-americano Donald Trump.

“Na condição de governador, acredito que nossa presença deve contribuir para estabelecer um ambiente de paz e tranquilidade. O Brasil precisa se manter soberano e autônomo, especialmente diante das pressões internacionais que muitas vezes tentam desvirtuar as relações diplomáticas tradicionais”, destacou.

O chefe do Palácio de Ondina reforçou ainda o desejo de que as próximas gerações preservem a memória da independência. “Espero que possamos continuar nessa caminhada sem precisar gastar energia em relações que comprometam a soberania de qualquer país do mundo”, concluiu.