Jerônimo Rodrigues acompanha trabalho em uma das centrais de catadores de recicláveis no Carnaval de Salvador
Governador e autoridades visitam a Central de Catadores no Politeama

Neste domingo (2), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, acompanhado pela primeira-dama do Estado e presidente das Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA), Tatiana Velloso, esteve presente na Central de Catadores do Politeama, em Salvador, para acompanhar de perto o trabalho dos catadores de recicláveis durante o Carnaval. Acompanhado também do secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Augusto Vasconcelos, da secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis, e outras autoridades, Jerônimo destacou a importância da iniciativa para a sustentabilidade e a inclusão social.
O governador ressaltou que, há 20 anos, o Governo do Estado tem apoiado os catadores, garantindo que, durante o Carnaval, o trabalho desses profissionais seja valorizado. “Imagine o impacto de 50, 100 ou 200 toneladas de latinhas de plástico durante o Carnaval. Isso sobrecarregaria a limpeza pública. Os catadores não só ajudam na limpeza, mas também desempenham um papel social relevante, gerando emprego e renda. Estamos aqui hoje, reforçando que esse trabalho não se limita aos dias de Carnaval, ele acontece durante todo o ano”, declarou Jerônimo.
O projeto Ecofolia Solidária, uma iniciativa do Governo da Bahia, busca garantir condições dignas de trabalho para os catadores durante a maior festa popular do Brasil. O programa é coordenado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e envolve a colaboração de vários órgãos estaduais.
Investimento e Benefícios
Este ano, o Ecofolia Solidária recebeu um investimento de quase R$ 3 milhões. A ação beneficiou 3.300 catadores cooperados e autônomos, fornecendo equipamentos de proteção individual (EPIs), como fardamento, botas, luvas e protetores auriculares, além de infraestrutura de apoio para a comercialização do material reciclado.
“Nós desenvolvemos uma política pública que apoia 16 cooperativas em Salvador, além de ações em Barreiras e Itabuna. Em Salvador, montamos 11 centrais de apoio, e duas no interior. Estamos fiscalizando para garantir que a comercialização do material reciclado seja justa, sem intermediários, para que o catador receba um valor adequado pelo que coleta”, explicou o secretário Augusto Vasconcelos.
As centrais de apoio ao catador estão estrategicamente localizadas em áreas de grande circulação, como Barra, Ondina, Campo Grande e Nordeste de Amaralina. Elas contam com infraestrutura completa, incluindo balanças, prensas e caminhões para o transporte do material reciclado.
Expectativas para 2025 e Parcerias
Durante o Carnaval de 2024, o Ecofolia Solidária gerou a comercialização de 174,8 toneladas de material reciclável, com a participação de 2.437 catadores. Para este ano, a expectativa é alcançar 210 toneladas. Além disso, em parceria com o Instituto de Identificação Pedro Mello (IIPM), está sendo realizado um levantamento para emitir gratuitamente a Carteira de Identificação Nacional (CIN) para os catadores, garantindo mais direitos e dignidade ao trabalho.
A segurança alimentar também foi um foco da ação, com o apoio de várias secretarias do Estado, como a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Corpo de Bombeiros e VSBA, que forneceram kits de lanche e refeições para os catadores.
A Visão dos Catadores
Michele Almeida, catadora e coordenadora da Cooperativa de Coleta Seletiva, Processamento de Plástico e Proteção Ambiental (Camapet), falou sobre a evolução do programa ao longo dos anos. “São 20 anos de trabalho, e a cada ano vemos um avanço. O que queremos é a valorização do trabalho do catador, para que as pessoas vejam nossa atividade com um novo olhar, não como algo marginal, mas como uma profissão que traz benefícios para a sociedade”, afirmou.
A Camapet, que em parceria com a Coleta Cidadã, propôs o projeto, tem desempenhado um papel importante na promoção da coleta seletiva e proteção ambiental durante o Carnaval, além de gerar renda e inclusão social para os catadores.
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