Jerônimo critica medidas de Trump e fala em defesa da soberania do Brasil

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), aproveitou as celebrações do 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil, para fazer duras críticas à tentativa de interferência internacional atribuída ao governo do ex-presidente norte-americano Donald Trump. Durante coletiva concedida antes do desfile cívico em Salvador, o petista relacionou o episódio à necessidade de defender a soberania nacional e manter viva a luta pela democracia.

Segundo o governador, a recente postura do governo dos Estados Unidos em relação ao Brasil, marcada por sanções econômicas, tarifaços e medidas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), representa uma ameaça direta à independência do país. Trump teria justificado as ações como resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu na Suprema Corte por tentativa de golpe de Estado.

Defesa da soberania e crítica a Trump

Jerônimo Rodrigues não poupou críticas ao ex-presidente norte-americano. Ele destacou que esse tipo de movimentação diplomática pode criar instabilidade e prejudicar as relações entre os dois países.

“Naturalmente, nesse momento não posso deixar de tratar do assunto, que é a tentativa dos Estados Unidos de quererem criar um ambiente de desconforto na relação diplomática. Isso é muito ruim para o Estado brasileiro, para a soberania, para a independência”, afirmou o governador.

Ainda segundo o chefe do Executivo baiano, a data do 7 de Setembro deve servir de alerta para que a população brasileira esteja sempre atenta na defesa de seus direitos. “Nós nos alinhamos nesse momento pedindo que todos nós estejamos sempre atentos aos nossos direitos e à responsabilidade que temos para as próximas gerações da nossa luta diária pela independência”, reforçou.

Justiça e democracia no centro do debate

Ao comentar sobre o julgamento de Bolsonaro no STF, Jerônimo destacou que qualquer acusação precisa ser resolvida dentro do campo jurídico, respeitando os ritos da democracia.

“A minha palavra é sempre: quem erra, a Justiça julga. Quem erra, ou quem acha que não errou, tem direito à sua ampla defesa. Eu espero apenas que a Justiça seja feita com aqueles que tentaram desmanchar, reduzir ou até atrapalhar um processo democrático nacional”, disse.

O governador aproveitou ainda para reforçar a importância de respeitar o resultado das urnas. Para ele, questionamentos ao processo eleitoral devem ser feitos exclusivamente pela via legal. “Quem quiser questionar, que o faça no âmbito da Justiça. Portanto, já saiu do âmbito da política”, declarou.