Jerônimo condena agressão de sindicalistas e vereadores após invasão na Câmara de Salvador
Governador também criticou votação a portas fechadas

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) criticou a agressão de sindicalistas e vereadores após invasão ao plenário do Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador (CMS).
“Violência não resolve a democracia, não fortalece a democracia”, disse o petista, durante entrevista à rádio Antena 1 nesta sexta-feira, 23.
A incursão ao prédio onde acontecem as sessões do Legislativo aconteceu na tarde de quinta, 22, como forma de protesto a votação do reajuste dos servidores, enviada pelo Executivo.
Durante conversa com os jornalistas, o petista ainda defendeu uma comunicação aberta e conjunta por meio de negociações com as categorias.
“Eu sempre tenho pregado essa relação de harmonia e diálogo. Tem um tema que é difícil? Não chegou a um consenso? Vamos esgotá-lo, sentar, debruça-lo, encontrar uma saída e negociar”, afirmou.
O chefe do Executivo também diz ser contra a votação a portas fechadas, mas declara que confusão e agressão “não faz a democracia nem de um lado, nem do outro”.
“As Assembleias, o Legislativos, as Câmaras de Vereadores, o Congresso, cada vez mais, precisam ser transparente no que fazem, no que votam e no que se discutem.É aquela Casa que é a ressonância, que são os representantes fieis do povo, para fazer o controle, as leis. Se houver de fato a possibilidade de não adentrar pessoas em uma sessão pública, não fica bem”, declarou.
Em contrapartida, o presidente da Câmara de Salvador (CMS), Carlos Muniz (PSDB), diz que a votação aconteceu em sala fechada para garantir a “segurança dos vereadores e dos servidores”.
O caso
Em protesto, os servidores municipais travaram o acesso ao plenário da imprensa e demais servidores da Câmara Municipal, na tentativa de impedir a votação do reajuste salarial da categoria.
Minutos após a abertura da sessão extraordinária, as categorias, que estavam representadas pela APLB Sindicato (professores), e Sindesp (Sindicato dos Servidores), invadiram o prédio e entraram em luta corporal com os vereadores.
A sessão foi interrompida, ao todo, por 60 minutos. Os vereadores foram chamados para as salas de comissão, onde votaram o projeto do Executivo gerando revolta dos manifestantes.
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