James Webb pode ter encontrado buracos negros que brilham

Cientistas sugerem que objetos detectados pelo James Webb são buracos negros que brilham como estrelas

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James Webb pode ter encontrado buracos negros que brilham
Foto: Divulgação/ MPIA/ HdA/ T. Müller/ A. de Graaff

O universo acaba de ganhar mais um mistério — e talvez uma nova classe de objetos cósmicos. Astrônomos analisando dados do Telescópio Espacial James Webb identificaram pontos luminosos distantes e avermelhados que podem representar algo nunca visto antes: a estrela buraco negro.

Esses objetos foram apelidados de “pequenos pontos vermelhos” por causa de sua aparência nos registros do telescópio. Observados a cerca de 12 bilhões de anos-luz da Terra, eles existiram cerca de 1,8 bilhão de anos após o Big Bang. Sua luminosidade incomum chamou atenção da comunidade científica por não se enquadrar em classificações já conhecidas, como galáxias densas ou buracos negros comuns.

A pesquisa, publicada em 10 de setembro na revista Astronomy & Astrophysics, foi liderada por Anna de Graaff, astrônoma do Instituto Max Planck de Astronomia, na Alemanha. Segundo ela, a chave para entender o fenômeno está em uma característica específica de brilho observada nos objetos: a chamada quebra de Balmer, um aumento repentino na emissão de luz relacionado à presença de gás de hidrogênio aquecido.

“Para um objeto emitir tanto brilho, ele precisa de uma fonte energética extremamente intensa. Isso nos levou à hipótese da estrela buraco negro”, explicou Anna de Graaff.

Esses buracos negros em estágio inicial de crescimento estariam devorando matéria tão rapidamente que o gás ao seu redor aquece a níveis extremos, produzindo uma luz forte que, vista de longe, se assemelha a uma estrela.

Se confirmada, a teoria pode ajudar a explicar um dos maiores enigmas da cosmologia: como os buracos negros supermassivos se formaram tão rapidamente nos primeiros bilhões de anos do universo.

Agora, a equipe pretende estudar outros “pontos vermelhos” para reunir mais evidências e verificar se realmente estamos diante de um novo tipo de objeto cósmico. Como afirmou de Graaff, essa pode ser uma fase rara e curta na evolução dos buracos negros — mas crucial para entender sua origem.

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