Ireuda reforça a luta contra o racismo no Dia da Consciência Negra
“É preciso enfrentar a violência e a desigualdade com ações concretas”, diz vereadora
No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação, destacou a urgência de combater o racismo estrutural e as desigualdades históricas que afetam a população negra no Brasil.
A data marca a morte de Zumbi dos Palmares. Segundo a republicana, apesar das conquistas notáveis, ainda há muito trabalho a ser feito no sentido de combater o racismo.
Em seu pronunciamento, Ireuda Silva enfatizou os dados alarmantes sobre a violência racial no país, com base no relatório “Violência Armada e Racismo: o papel da arma de fogo na desigualdade racial”, divulgado pelo Instituto Sou da Paz. Segundo o levantamento, 79% das vítimas de homicídios por armas de fogo entre 2012 e 2022 eram homens negros.
“Esses números não são apenas estatísticas. São vidas interrompidas por uma estrutura que insiste em relegar o povo negro à margem. Não podemos aceitar que 8 em cada 10 homens mortos por armas de fogo sejam negros. Isso é um reflexo direto do racismo estrutural e institucional”, afirmou.
Outro dado preocupante, segundo Ireuda, vem de uma pesquisa do Datafolha, segundo a qual 59% dos brasileiros acreditam que a maior parte da população é racista. Entre as mulheres, o índice sobe para 74%. Para Ireuda, essas percepções reforçam a necessidade de ampliar o debate público e implementar políticas que promovam igualdade racial. “Racismo é um problema de todos nós, e não apenas da população negra. Reconhecer essa realidade é o primeiro passo para enfrentá-la”, disse a vereadora.
Ações
Ireuda relembrou suas ações legislativas voltadas para combater as desigualdades que atingem a população negra, como a regulamentação da profissão de trancista, que representa uma valorização da cultura afro-brasileira e a garantia de direitos trabalhistas para essas profissionais. Além disso, ela destacou o impacto do programa Simm Mulher, que já capacitou e encaminhou ao mercado de trabalho mais de 5 mil mulheres, muitas delas negras.
“A luta contra o racismo precisa ir além do discurso. É preciso garantir acesso à educação, emprego, saúde e segurança para todos, sem distinção. É isso que buscamos com iniciativas como o Simm Mulher e outras políticas públicas que combatem a desigualdade na prática”, ressaltou.
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